Cachorro tem pernas decepadas em Fortaleza, e ONG pede ajuda para tratamento
Animal foi encontrado muito debilitado e passará por cirurgia. Boletim de Ocorrência será registrado para tentar identificar agressor
Um cachorro em situação de rua foi vítima de maus-tratos e teve as pernas traseiras decepadas no bairro Passaré, em Fortaleza, segundo denuncia a ONG Anjos da Proteção Animal (APA). A entidade resgatou o animal, na noite desta terça-feira (24). O cão foi internado e permanece em estado grave.
A presidente da instituição, Stefani Rodrigues, disse que o caso chegou ao conhecimento por meio de denúncia. "A gente não sabia da gravidade dos fatos, mas quando chegamos lá o cachorro estava com duas patas decepadas, e o veterinário constatou que possivelmente isso foi feito com uma foice", disse.
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Stefani disse que o animal foi encontrado em um terreno, já muito debilitado e com dores. "Foram tiradas muitas larvas do ferimento. Ele teve que fazer uma assepsia profunda e tomar medicamentos fortes para dores, como morfina. Se passasse mais um dia ele morria, pois estava sendo devorado por larvas", comentou.
Após ser resgatado, segundo a protetora animal, o cão foi internado em uma clínica particular da Capital, onde deve passar por uma cirurgia ortopédica de urgência, ainda nesta quarta-feira (25). O procedimento visa tirar parte do osso e da carne necrosada pelos ferimentos, segundo explicou Stefani.
Um Boletim de Ocorrência será registrado na tarde desta quarta-feira na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA). Na ocasião, será solicitado o acesso a imagens de câmeras do Sistema Policial Indicativo de Abordagem (Spia) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), para tentar identificar o agressor do animal.
"Não vamos deixar passar batido. A sociedade precisa denunciar esse tipo de crime. Nós temos aproximadamente 500 animais resgatados de maus-tratos, mas nunca presenciamos um caso que abalasse tanto a gente. Não aguentamos mais tanta violência contra os animais", disse.
Campanha de arrecadação
Por ser um procedimento bastante caro, a presidente da APA disse não ter condições de custear a assistência ao cão, que envolve ainda o tempo de internação e todos os medicamentos.
Stefani destaca que a instituição encontra-se em dificuldades financeiras até para a alimentação dos animais do abrigo. Diante disso, para conseguir recursos ao tratamento do cachorro resgatado, uma campanha de arrecadação foi publicada no perfil da ONG no Instagram.