Alunos acusam professor de ofender Jesus Cristo em aula no CE; Seduc apura intolerância religiosa
Secretaria da Educação e Ministério Público acompanham o caso; estudantes e famílias denunciaram o docente
Uma frase criticando Jesus Cristo, supostamente escrita por um professor durante aula na Escola de Ensino Médio e Tempo Integral Telina Barbosa da Costa, no bairro Messejana, em Fortaleza, ofendeu estudantes. Após serem acionadas, famílias denunciaram o caso e a Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc) apura como um ato de intolerância religiosa.
Alunos fotografaram o quadro onde estava grafado “Jesus era um vagabundo e um idiota” durante uma aula. A frase, segundo a denúncia, foi escrita pelo professor de Filosofia da instituição.
O caso foi denunciado pela deputada estadual Dra. Silvana, na tribuna da Assembleia Legislativa, que disse ter sido procurada por pais e também ter acionado o Ministério Público do Ceará (MPCE).
Questionada pela reportagem do Diário do Nordeste sobre o caso, a Seduc informou que a Superintendência das Escolas Estaduais de Fortaleza (Sefor 2), responsável pelas escolas da região, apura, junto à gestão escolar, o que aconteceu na aula.
A Seduc disse ainda em nota que, o que aconteceu na escola, segundo o professor, teve "o intuito de provocar discussões pertinentes”.
"Na rede pública estadual de ensino, o ambiente escolar é um espaço de respeito aos direitos humanos, de construção de cidadania e promoção da cultura de paz. Portanto, são repudiados atos de intolerância e discriminação religiosa. Denúncias devem ser feitas à Ouvidoria do Estado, pela Central 155", concluiu a Seduc.
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O Diário do Nordeste também entrou em contato com o Ministério Público que informou ter vai analisar o caso. “O MPCE, através das Promotorias de Justiça da Educação de Fortaleza, em conjunto com o Centro de Apoio Operacional da Educação (Caoeduc), informa que tomou ciência do caso em questão e que vai analisá-lo”.
A reportagem do Diário do Nordeste também entrou em contato com o Sindicato dos Professores da Rede Estadual do Ceará (Apeoc) para tratar do assunto, mas ainda não houve resposta.