Silvio Frota, diretor do Museu da Fotografia, participa do "Diálogos Instigantes" nesta terça (28)
Promovida pela Almeida e Dale Galeria de Arte (SP), a live é uma série de conversas com a curadora Denise Mattar. A segunda edição discute, nesta terça-feira, às 16 horas, a relevância histórica e social da fotografia
Um momento para ouvir colecionadores e amantes das artes. Esse é um dos objetivos do projeto "Diálogos Instigantes", organizado pela Almeida e Dale Galeria de Arte (SP). A iniciativa reúne, por meio de lives, uma série de conversas entre a curadora Denise Mattar e convidados especias.
Nessa terça-feira (28), às 16h, a segunda edição debate o tema fotografia. O convidado é Silvio Frota, diretor do Museu da Fotografia Fortaleza (MFF).
"Os diálogos instigantes surgiram a partir de um convite da Almeida e Dale para fazer algumas lives para eles. Como temos várias lives feitas por artistas e também por especialistas, sugeri fazer um diálogo entre eu e uma pessoa que é apaixonada por algum artista ou alguma área, mas que não é um crítico de arte, artista ou curador", divide Denise Mattar.
Provocação
O primeiro "Diálogos Instigantes" aconteceu na última sexta-feira (24). Denise e o colecionador Jardis Volpe discutiram a obra e vida de Ismael Nery (1900-1934). A segunda edição promete um livre mergulho no tema da fotografia.
A conversa acontece via conta de Instagram da Almeida e Dale. Entre os assuntos do encontro entre Sílvio e Denise estão o surgimento da fotografia, sua inserção nas artes plásticas, no jornalismo e até na experimentação artística com outras mídias, casos das obras de Andy Warhol (1928-1987). O debate ilumina a trajetória da fotografia e como essa expressão modifica as artes plásticas. É quando tira do artista o peso isolado de reproduzir a realidade. Com isso, a fotografia foi adquirindo autonomia.
"Silvio vai focar também nas atividades sociais do museu da fotografia, que é um diferencial inacreditável. Um trabalho que se deve fazer, que é um museu que trabalha com seu entorno", descreve a curadora.
Futuro
Denise Mattar aponta que os impactos da pandemia de Covid-19 já são sentidos sobre museus e vai significar uma mudança de foco. Grandes exposições, as "blockbusters", como aponta a curadora, não poderão acontecer até se inventar uma vacina. A pesquisadora foi curadora do Museu da Casa Brasileira, SP de 1985 a 1987, do Museu de Arte Moderna de São Paulo de 1987 a 1989 e do Museu de Arte Moderna RJ de 1990 a 1997.
Como curadora independente realizou mostras retrospectivas de Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho (Prêmio APCA), Ismael Nery (Prêmios APCA e ABCA), dentre outros artistas. Assinou três três recentes exposições capitaneadas pela Universidade de Fortaleza: "Yolanda Vidal Queiroz - Momentos", a 20ª edição da Unifor Plástica e a segunda edição de "Da Terra Brasilis à Aldeia Global".
"A solução será os museus trabalharem com o seu entorno. O Museu da fotografia já faz isso admiravelmente bem é um exemplo do que serão os museus no futuro", finaliza a entrevistada.
Contribuição
Estabelecida no mercado de arte como uma das mais relevantes galerias nacionais, a Almeida e Dale Galeria de Arte atua há mais de 20 anos no mercado secundário de arte brasileira e internacional. Sob direção de Ana Dale, Carlos Dale Junior e Antonio Almeida, já colocou, nas mais importantes coleções do País, obras significativas de artistas modernos e contemporâneos.
Desde 2012, a galeria realiza exposições individuais que partem de um criterioso e extenso trabalho de pesquisa histórica, realizado por curadores parceiros em torno de artistas singulares, de extrema importância para a história da arte brasileira. Atualmente, a Galeria prepara a exposição individual de Roberto Burle Marx com a curadoria de Guilherme Wisnik.
Serviço:
"Diálogos Instigantes: Fotografia". Denise Mattar conversa com Silvio Frota, diretor do Museu da Fotografia Fortaleza. Terça-feira (28), às 16h,
no Instragram da Almeida e Dale Galeria de Arte.