Quem é Geraldo Mayrink, alvo de meme relembrado por Caetano Veloso no 'Roda Viva'
Jornalista com mais de 50 anos de carreira morreu em 2009 e deixou grandes contribuições em redações de jornal no País
Durante o programa "Roda Viva", da TV Cultura, Caetano Veloso relembrou nesta segunda-feira (20), uma entrevista que se eternizou em meme marcou sua carreira e a de Geraldo Mayrink — jornalista que morreu em 2009.
"Há uma certa arrogância nessa desqualificação do jornalista, embora eu tivesse razão", diz @caetanoveloso sobre famosa resposta a Geraldo Mayrink, que originou o meme 'Você é burro, cara'. O cantor também comentou diálogo com @gumayrink, filho do jornalista. #RodaViva pic.twitter.com/YziMRk8ewp
— Roda Viva (@rodaviva) December 21, 2021
Em 2012, um vídeo de Caetano anos 1970 se transformou em meme: "Como você é burro!”, disparou o baiano para Mayrink, após uma pergunta feita durante o Vox Populi, da TV Cultura, em 1978.
“Caetano, quem são verdadeiramente seus inimigos? O que você anda fazendo? Por que você fala tanto em patrulha? E fala também de rádio patrulha, no sentido estrito do termo? Você não acha que seria mais ético se servir dos meios de comunicação de massa para falar mal dos meios de comunicação de massa, em vez de encomendar um anúncio para a multinacional para a qual você trabalha e pagar como anúncio o 'Caetano Veloso', ou você acha que a imprensa, de acordo com o governo, é feita para elogiar e só?“, questionou Geraldo.
Veja vídeo:
Quem é Geraldo Mayrink?
Geraldo Mayrink (1942-2009) era natural de Juiz de Fora (MG). Ele integrou algumas das principais redações jornalísticas do País. Do semanário Binômio (fechado pelo regime militar em 1964) correu Diário de Minas, O Globo, Jornal do Brasil, Manchete, Veja, Isto É, Playboy, Correio Braziliense, Revista Goodyear, O Estado de S. Paulo, Jornal da Tarde, Época e Diário do Comércio.
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Em fevereiro deste ano, o filho de Geraldo, Gustavo Mayrink, criou uma plataforma para eternizar os conteúdos do pai, de modo a homenageá-lo e manter a sua memória latente.
“São 50 anos de produção jornalística em alto nível. Aquilo não me repercutia datado ou notícia velha. Soava com uma narrativa, uma história muito bem contada sobre variados assuntos”, detalhou Gustavo em entrevista ao Diário do Nordeste à época do lançamento.