Quem é Carmen, aluna da Unesp que está desaparecida há um mês em SP
O namorado da universitária e um PM foram presos
Há um mês, a estudante Carmen de Oliveira Alves, 25, foi vista pela última vez em São Paulo. Ela saía do campus de Ilha Solteira da Universidade Estadual Paulista 'Júlio de Mesquita Filho' (Unesp), onde é aluna do curso de Zootecnia.
A Polícia suspeita que Carmen foi vítima de feminicídio. Na última sexta-feira (11), dois suspeitos foram presos temporariamente: o namorado dela e um policial militar da reserva, supostamente amante do primeiro suspeito.
Conforme o monitoramento do celular da universitária, a última localização dela foi o sítio do namorado. Imagens de câmeras de segurança obtidas pelas autoridades mostraram Carmen saindo da Unesp e indo em direção à casa do namorado.
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Quem é Carmen
Carmen de Oliveira Alves é uma mulher trans de 25 anos. Ela estuda no campus de Ilha Solteira da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), onde cursava Zootecnia.
A Unesp prestou solidariedade à família e aos amigos da estudante. "Estendemos nosso apoio à comunidade da unidade da Unesp, profundamente abalada por este momento de angústia e incerteza guiado pela investigação de feminicídio em curso, principal hipótese apurada pela polícia", diz nota.
"A prisão temporária de dois suspeitos e a hipótese de feminicídio reforçam a gravidade da situação e mantêm toda a comunidade universitária na expectativa de que os fatos sejam plenamente esclarecidos", acrescentou a Universidade.
QUEM SÃO OS SUSPEITOS
A dupla foi presa por força de mandados de prisão temporária. Os suspeitos são Marcos Yuri Amorim, namorado de Carmen, e um PM.
As defesas deles não foram localizadas.
Um parente da vítima disse que ela mantinha o relacionamento escondido e que o casal se conhecia 'desde criança'.
Vítima tentou forçar o namorado a assumir relacionamento
Antes de desaparecer, a estudante fez um dossiê contra o namorado porque queria forçá-lo a assumir o relacionamento.
Devido ao documento, os investigadores adotaram como principal linha de investigação a participação de Marcos no suposto feminicídio.
Conforme o G1, no arquivo constavam supostos crimes que Amorim teria cometido. O documento seria usado contra ele caso ele não quisesse assumir o relacionamento.
O dossiê foi deletado no mesmo dia do desaparecimento.
"Pelos elementos que a gente conseguiu apurar nas conversas com testemunhas, entre a vítima com as testemunhas, a gente apurou que havia uma pressão dela em relação ao Yuri para assumir o relacionamento deles, e ele não aceitava assumir", afirmou o delegado da Polícia Civil Miguel Rocha a uma afiliada da TV Globo local.
"Naquele dia 12, era bem o Dia dos Namorados, e acho que houve uma pressão grande para cima dele, e ele acabou fazendo o que fez", completou.