Namorada de menino que matou os pais e o irmão é apreendida suspeita de participar do crime
Adolescente assassinou os parentes enquanto eles dormiam, segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro
A namorada do adolescente de 14 anos suspeito de matar os pais e o irmão mais novo, em Itaperuna, no Rio de Janeiro, foi apreendida pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, nessa segunda-feira (30), em Água Boa, no Interior do Estado. As informações são do jornal O Globo.
Segundo o delegado Carlos Augusto da Silva, titular da 143ª DP, a jovem de 15 anos responderá pelos mesmos crimes do namorado: triplo homicídio e ocultação de cadáver. A Polícia, entretanto, não detalhou qual a participação da adolescente no crime.
Segundo as investigações, o relacionamento entre os suspeitos acontecia virtualmente e não era aprovado pelos pais do garoto.
No depoimento às autoridades, o jovem admitiu que cometeu o crime porque foi proibido de encontrar a namorada pessoalmente. "Durante a perícia, encontramos uma bolsa de viagem já pronta para viajar. Nela, estavam os celulares das vítimas. O adolescente não deu muitos detalhes sobre a namorada, mas falou que eles se conheceram nesses jogos online. Ele foi muito espontâneo ao contar como cometeu os crimes. É um menino frio, sem remorso", declarou o delegado.
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Relembre o que aconteceu
A Polícia Civil primeiro tomou conhecimento do caso pela avó do garoto, que procurou as autoridades alegando que a família do jovem havia desaparecido. Segundo o jovem, o irmão mais novo teria se engasgado, o que fez os pais saírem de casa rumo a um hospital, sem hora para voltar.
Os policiais buscaram os parentes em diversos hospitais da região, mas não tiveram sucesso. O delegado, então, resolveu realizar uma perícia na casa da família e encontrou manchas de sangue no colchão do casal, além de roupas ensanguentadas e com focos de queimação.
Um forte odor levou os agentes até uma cisterna na área externa da casa. Lá, foram encontrados os corpos dos pais e do irmão, de apenas três anos.
O crime teria ocorrido no sábado anterior, dia 21 de junho. Em depoimento, o adolescente contou que esperou as vítimas adormecerem, pegou uma arma de fogo que havia na residência e assassinou os três. A arma era registrada em nome do pai, que possuía autorização legal para mantê-la como CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador).
"Depois que localizamos o corpo, ele confessou o crime. Disse ter dado um tiro na cabeça do pai e da mãe; no irmão, foi no pescoço. Perguntamos porque ele matou o menino, e ele disse que foi para poupá-lo da perda dos pais" informou o delegado Carlos Augusto ao O Globo.