Feminicídio: empresária é morta a facadas por ex-companheiro no Ceará

O suspeito tirou a própria vida, em seguida.

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 09:21)
A imagem mostra uma mulher loira, vestida com a blusa do time Flamengo, nas cores vermelha e preta, e um boné branco.
Legenda: A vítima era empresária, proprietária de um restaurante de comidas japonesas.
Foto: Reprodução.

Uma mulher de 39 anos foi morta a facadas, pelo ex-companheiro, no Município de Icó, no Interior do Ceará, na última terça-feira (23). Após o crime, o suspeito tirou a própria vida.

O feminicídio aconteceu no Centro de Icó. A vítima se identificava nas redes sociais como Lily Rocha, empresária e pedagoga, proprietária de um restaurante de comidas japonesas, localizado na Rua Monsenhor Antero, também no Centro do Município.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS) confirmou que a Polícia Civil do Ceará (PCCE) "investiga um feminicídio seguido de suicídio ocorrido, na tarde dessa terça-feira (23), no município de Icó - Área Integrada de Segurança 21 (AIS 21) do estado". 

Segundo informações policiais, uma mulher, de 39 anos, foi atingida por golpes de um objeto perfurocortante no Centro da cidade e morreu no local. O suspeito, o ex-companheiro da vítima, de 47 anos, tirou a própria vida em seguida." 
Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS)
Em nota

Equipes da Polícia Militar do Ceará (PMCE) e da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) também foram acionadas para a ocorrência, segundo a SSPDS. O crime é investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Icó.

Mais um feminicídio no Estado

O Diário do Nordeste noticiou, no último dia 16 de dezembro, que 44 mulheres já haviam sido vítimas de feminicídios, no Ceará, até aquele momento, neste ano de 2025. Com a morte de Lily, o número chega a 45

279
mulheres foram mortas, no Estado, nos últimos sete anos, conforme dados da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp).

Em 2025, mulheres foram esfaqueadas, carbonizadas e decapitadas em Fortaleza e em cidades do interior do Ceará por seus namorados, maridos, filhos e por desconhecidos. 

As vítimas tinham idades variadas e foram mortas por terminarem relacionamentos, negarem ter relações sexuais com os parceiros ou resistirem a assédios e importunações.

Os dados desse ano são os piores desde 2018, quando a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará iniciou a contagem.

Em resposta à reportagem, a SSPDS informou que, "entre janeiro e novembro de 2025, foram realizadas 68 prisões por crimes de feminicídio, incluindo prisões em flagrante e cumprimento de mandados judiciais. No mesmo período de 2024, foram registradas 48, o que representa um aumento de 41,7%".

"A Pasta reforça que, por meio de suas vinculadas, realiza ações de prevenção e acolhimento às vítimas de violência doméstica. No âmbito da Polícia Militar do Ceará (PMCE), o Grupo de Apoio às Vítimas de Violência (GAVV), vinculado ao Comando de Prevenção e Apoio às Comunidades (Copac), presta suporte contínuo às mulheres e a demais integrantes de grupos vulneráveis", acrescentou.

A Secretaria também ressaltou que a Polícia Civil conta com 11 delegacias de Defesa da Mulher, espalhadas pela Capital e Interior, "responsáveis por receber denúncias e investigar crimes praticados no âmbito doméstico e familiar, além de feminicídios e crimes sexuais".

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