Homem condenado por tentar explodir caminhão-tanque no aeroporto de Brasília está foragido

George Washington de Oliveira Sousa está em "local incerto", segundo o ministro Alexandre de Moraes

(Atualizado às 21:35)
George Washington de Oliveira Sousa, que tentou explodir caminhão-tanque no aeroporto de Brasília e está foragido, em depoimento
Legenda: No dia 24 de junho, o ministro determinou a prisão de Washington e mais dois condenados pela tentativa de explosão
Foto: Reprodução / Agência Senado

Condenado por envolvimento na tentativa de explosão no aeroporto de Brasília em 2022, George Washington de Oliveira Sousa está "em local incerto" após progredir para regime aberto, de acordo com despacho do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A informação foi publicada pelo O Globo, nesta quinta-feira (17).

No dia 24 de junho, o ministro determinou a prisão de Washington e mais dois condenados pela tentativa de explosão de um caminhão-tanque nos arredores do aeroporto de Brasília, na véspera de Natal.

Com a medida, os acusados George Washington de Oliveira, Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza deveriam ficar presos preventivamente, ou seja, por tempo indeterminado. 

Enquanto não há informações sobre o paradeiro de George, Alan Diego está preso na Cadeia Pública de Comodoro, no Mato Grosso; e o cearense Wellington Macedo cumpre prisão na Penitenciária do Distrito Federal II.

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SOBRE A CONDENAÇÃO

Os três acusados já foram condenados pela Justiça do Distrito Federal. Em maio de 2023, a Justiça apenou o empresário George Washington a nove anos e quatro meses de prisão. Alan Diego foi condenado a cinco anos e quatro meses.  As condutas envolvem os crimes de explosão, causar incêndio e posse arma de fogo sem autorização.

Wellington Macedo foi condenado a seis anos de prisão. Ele foi acusado de expor a integridade física da população mediante uso de explosivo. Todos já estavam no regime semiaberto.

Ao determinar a nova prisão, no dia 24 de junho, Moraes entendeu que a tentativa de explosão tem ligação com os atos golpistas de 8 de janeiro.

Além de terem sido condenados pela Justiça da capital federal, os acusados já foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo pelos crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito,  golpe de Estado e atentado contra a segurança de transporte aéreo.

"Os meios elegidos foram suficientes para caracterizar grave ameaça, por anunciar catástrofe coletiva com recado persuasivo. Firmada essas premissas, há necessidade de acautelar a ordem pública", decidiu o ministro.

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