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Anderson Torres apresentou bilhete de voo falso para justificar ausência do 8 de janeiro, afirma PGR

O réu na trama golpista era secretário da Segurança Pública do Distrito Federal na época da depredação das sedes dos Três Poderes

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Redação producaodiario@svm.com.br
Anderson Torres discursa em CPI
Legenda: Anderson Torres é um dos réus da trama golpista analisada pelo STF
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de apresentar um bilhete de passagem falso para justificar a ausência no dia 8 de janeiro de 2023 — quando a sede dos Três Poderes, em Brasília, foi invadida e depredada por manifestantes antidemocráticos.

Segundo a PGR, o documento utilizado pelo então secretário não corresponde aos registros da companhia aérea Gol. Portanto, para a procuradoria, a falsificação revela uma tentativa deliberada de o réu se ausentar e se eximir de responsabilidade pelos atos golpistas cometidos naquele dia.

A alegação foi apresentada pela PGR ao Supremo Tribunal Federal (STF) nessa segunda-feira (14). Informações são do g1.

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O que alega a defesa de Torres?

Os advogados de defesa de Anderson Torres alegam que a viagem do então gestor aos Estados Unidos foi programada em julho de 2022, e a passagem foi comprada em novembro daquele mesmo ano. Ele tomou posse no cargo no dia 2 de janeiro de 2023, trabalhou até o dia 6 e disse que estaria de férias a partir do dia 9.

A defesa sustentou ainda que o então secretário interino da Segurança Pública, Fernando Oliveira, já sabia da substituição e assumiu a função ainda no dia 6. No entanto, apesar disso, a PGR destaca que alertas sobre a possibilidade de manifestações violentas já estavam sendo distribuídos.

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Diante disso, Torres é visto como um gestor com histórico de omissões que beneficiaram a escalada dos atos golpistas.

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