Crime organizado teve prejuízo de R$ 5,6 bilhões em 2024 a partir da atuação federal, mostra balanço da PF
Índices também registraram aumento no número de apreensões de drogas

As apreensões realizadas pela Polícia Federal em 2024 geraram um prejuízo de R$ 5,6 bilhões para as organizações criminosas, número 70% maior do que em 2023. É o que apontam os dados do balanço das ações e resultados da PF, apresentado nesta quarta-feira (29).
Os índices também registraram aumento no número de apreensões de drogas. Durante o ano passado, a PF apreendeu 74,5 toneladas de cocaína, número 2,8% maior que a quantidade apreendida em 2023. Houve aumento de 15% nas apreensões de maconha e de 20,7% na de ecstasy.
Para o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, os números representam a tentativa da corporação de atuar pelo enfraquecimento das estruturas financeiras das facções.
"Esses dados não apenas demonstram o êxito das operações, mas também o impacto direto na redução da capacidade de ação de facções criminosas em nosso país", afirmou Lewandowski.
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Além disso, o ministro ressaltou os números da PF no âmbito das investigações. A corporação aumentou em 9% o volume de inquéritos instaurados, passando de 44.566 em 2023 para 48.732 em 2024. E elevou em 14% o número de pessoas indiciadas, saindo de 33.350 em 2023 para 38.162 no ano passado.
ARMAS DE FOGO
A PF também registrou queda de 11,6% nas emissões de registros de armas de fogo. Em 2023, foram 28.402 registros. No ano passado, 25.097 emissões foram feitas.
As emissões de porte de arma caíram 30% e passaram de 2.469 (2023) para 1.727 (2024).
Segundo o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, a redução ocorreu por causa da política adotada pelo governo federal para restringir a concessão de registros, que foram facilitados durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
"Nós tivemos uma redução no registro de arma de fogo e uma redução na concessão de portes de arma de fogo, seguindo a política pública determinada pelo governo brasileiro, que nós somos os cumpridores", completou.
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