Caso Vitória: peritos usam scanner para buscar vestígios de sangue em casa de suspeito preso
Agentes do Instituto de Criminalística (IC) realizaram uma série de análises na residência ligada a Maicol Antônio Sales dos Santos, de 27 anos

Peritos do Instituto de Criminalística (IC) realizaram, nessa terça-feira (11), uma série varreduras na residência do suspeito preso pela morte da jovem Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, encontrada sem vida em um matagal na cidade de Cajamar (SP). Agentes usaram scanner para identificar possíveis vestígios de sangue no endereço ligado a Maicol Antônio Sales dos Santos, de 27 anos.
Em nota, a Secretaria de Segurança do Estado (SSP-SP) detalhou que o equipamento foi usado para buscar manchas do material orgânico na residência do investigado. Segundo o relato de fontes ligadas às apurações ao portal da CNN, na ocasião, amostras de sangue foram colhidas pelos servidores no local e enviadas para análise. As informações não foram confirmadas pela Pasta.
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No comunicado ao Diário do Nordeste, a instituição informou que os laudos periciais solicitados ao IC e ao Instituto Médico Legal (IML) estão em andamento e, assim que concluídos, serão analisados pela autoridade policial. Nesta sexta-feira (14), deve sair o resultado das manchas de sangue encontrada no veículo pertencente a Maicol Antônio Sales, que apontado como o carro usado no assassinato, ainda conforme à CNN.
A SSP-SP destacou ainda que agentes da Delegacia de Cajamar seguem realizando diligências contínuas para identificar e prender todos os envolvidos no crime. A instituição também informou que os nove celulares apreendidos na apuração do assassinato foram encaminhados para extração de dados.
Desaparecimento, sequestro e tortura
Vitória Regina, de 17 anos, ficou desaparecida por uma semana até ser encontrada sem vida em 5 de março. Ela sumiu na noite do dia 26 de fevereiro, após voltar do local onde trabalhava, o restaurante de um shopping em Cajamar.
Imagens de câmeras de segurança e mensagens enviadas a uma amiga auxiliaram a Polícia a reconstruir os passos da vítima até o sumiço dela. Após sair do trabalho, ela foi seguida por dois homens até um ponto de ônibus. Um deles subiu no transporte, mas não desceu na mesma parada que ela.
Ao voltar para casa, ela foi assediada por outros dois indivíduos que estavam em um carro. Segundo relatou a uma amiga, eles a chamaram de "vida" e perguntaram se ela estaria indo ao local onde morava.
Após enviar as mensagens, Vitória desapareceu. A amiga tentou entrar em contato, sem sucesso. Quando foi encontrada, a adolescente estava nua, com o cabelo raspado e sinais de perfuração por todo o corpo.
Na última sexta-feira (7), sete pessoas ligadas ao caso foram ouvidas pela corporação na sede do Grupo de Operações Especiais (GOE) do município de Franco Rocha. Uma dessas pessoas é o ex-namorado de Vitória, Gustavo Vinicius Moraes, de 25 anos, que na última quinta-feira (6) teve o pedido de prisão temporária negado pela Justiça do Estado.
Também na sexta-feira, a perícia forense realizou diligências em veículos usados por algumas das testemunhas no dia em que Vitória desapareceu. Os primeiros trabalhos ficaram concentrados em um Chevrolet Corsa, branco.
Conforme a Folha de S.Paulo, no veículo foi apreendida uma blusa rosa, um par de chinelos, os tapetes do carro e ferramentas. Fios de cabelos e manchas de sangue foram encontrados no carro.
Vitória foi encontrada em uma mata fechada, a cerca de cinco quilômetros de distância de onde morava. O local onde também foi investigado pela Polícia Civil na tarde da última sexta.
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