Caso Vitória: Polícia prende um dos suspeitos do assassinato da adolescente em Cajamar
Maicol Antonio Sales dos Santos está preso temporariamente devido a "fortes indícios" de envolvimento no crime e contradições no depoimento
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Um dos suspeitos de matar a adolescente Vitória Regina de Sousa foi preso pela Polícia Civil na tarde deste sábado (8) em Cajamar, na Grande São Paulo. Trata-se de Maicol Antonio Sales dos Santos, cuja prisão temporária foi decretada pela Justiça do estado devido a "fortes indícios" de envolvimento no crime e contradições no depoimento.
Segundo informações do g1, testemunhas ouvidas na investigação relataram que ele estava próximo ao local dos fatos e que seu carro foi visto na cena do crime. Também foi relatada uma movimentação suspeita na casa de Maicol na noite do desaparecimento de Vitória.
A polícia também tinha pedido a prisão temporária de um segundo suspeito, Daniel Lucas Pereira, mas a solicitação foi negada, uma vez que a única conexão direta dele com o caso foi uma fotografia do carro de Maicol. Além disso, o depoimento dele foi considerado colaborativo, sem indícios de que pudesse obstruir a investigação.
A Justiça autorizou busca e apreensão nas casas de Daniel e de Maicol para localizar armas e outros objetos utilizados para a prática do crime, além da quebra do sigilo de dados telemáticos de dispositivos eletrônicos apreendidos.
Contradição
Ainda conforme o g1, a decisão aponta que Maicol teria afirmado à polícia que estava em casa com a esposa na noite de 26 de fevereiro, quando ocorreu o crime.
Porém, a mulher teria declarado que passou aquela noite na casa da mãe e que só teria visto uma mensagem de "boa noite" do marido às 23h30, o que indicou que eles não estavam juntos naquele momento.
Vizinhos do suspeito ainda notaram uma movimentação incomum na casa dele. Conforme os depoimentos à polícia, Maicol teria entrado e saído da garagem várias vezes, e teria dito que o carro estava "bom".
Outro aspecto incomum foi que ele costumava deixar o carro estacionado na rua e naquela noite o Toyota Corolla prata de Maicol teria passado a noite guardado na garagem.
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Relembre o caso
Vitória Regina, de 17 anos, ficou desaparecida por uma semana até ser encontrada sem vida na última quarta-feira (5). Ela sumiu na noite do dia 26 de fevereiro, após voltar do local onde trabalhava, o restaurante de um Shopping em Cajamar.
Imagens de câmeras de segurança e mensagens enviadas a uma amiga ajudaram a Polícia a reconstruir os passos de Vitória até o desaparecimento dela. Após sair do trabalho, ela foi seguida por dois homens até um ponto de ônibus. Um deles subiu no transporte, mas não desceu na mesma parada que ela.
Ao voltar pra casa, ela foi assediada por outros dois homens que estavam em um carro. Segundo relatou a jovem à amiga, eles a chamaram de "vida" e perguntaram se ela estaria indo ao local onde morava. "Acontece essas coisas eu não consigo correr. Eu paraliso. Eu não sei o que eu faço. Eu não consigo correr. Eu fico parada", desabafou em um áudio.

Após enviar as mensagens, Vitória desapareceu. A amiga tentou entrar em contato, sem sucesso. Quando foi encontrada, a adolescente estava nua, com o cabelo raspado e sinais de perfuração por todo o corpo.
Na última sexta-feira (7), sete pessoas ligadas ao caso foram ouvidas pela corporação na sede do Grupo de Operações Especiais (GOE) do município de Franco Rocha. Uma dessas pessoas é o ex-namorado de Vitória, Gustavo Vinicius Moraes, de 25 anos, que na última quinta-feira (6) teve o pedido de prisão temporária negado pela Justiça do Estado.
Também na sexta-feira, a perícia forense realizou diligências em veículos usados por algumas das testemunhas no dia em que Vitória desapareceu. Os primeiros trabalhos ficaram concentrados em um Chevrolet Corsa, branco.
Conforme a Folha de S.Paulo, no veículo foi apreendida uma blusa rosa, um par de chinelos, os tapetes do carro e ferramentas. Fios de cabelos foram encontrados no porta-malas.
Vitória foi encontrada em uma mata fechada, a cerca de cinco quilômetros de distância de onde morava. O local onde também foi investigado pela Polícia Civil na tarde da última sexta.
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