Caso Laís: mulher acusada de mandar matar rival em disputa de guarda se entrega no Rio
Gabrielle Rosário, de 22 anos, teria pago R$ 20 mil pela execução de Laís Pereira, morta em Sepetiba, Zona Oeste do Rio.
Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário, de 22 anos, se entregou, na tarde desta segunda-feira (17), à Delegacia de Homicídios da Capital (DH), na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Considerada foragida, ela é apontada pela Polícia como mandante do assassinato de Laís de Oliveira Gomes Pereira, de 24 anos, morta no dia 4 de novembro, em Sepetiba, Zona Oeste do Rio.
A motivação, segundo as investigações, seria a disputa pela guarda da enteada, alvo constante de conflitos entre as duas.
Gabrielle chegou à DH por volta das 16h, acompanhada do advogado Diogo Macruz. Ele afirma que a jovem decidiu se apresentar por receio de ser linchada e pela pressão sobre familiares. "Foi decisão dela. Me procurou ontem dizendo que queria se entregar", disse. “Prefiro responder à lei”, relatou o advogado.
A disputa pela menina
Testemunhas ouvidas pela Polícia relataram que Laís recebia ameaças frequentes de Gabrielle pelas redes sociais. A rivalidade estaria ligada à guarda compartilhada da criança, filha do primeiro casamento de Laís. A menina passava os fins de semana com o pai e com Gabrielle.
Em depoimento, Gabrielle confirmou ser casada com o ex-marido de Laís desde 2022 e disse pagar a pensão da menina. O homem, no entanto, afirmou nunca ter ouvido da esposa qualquer intenção de prejudicar a ex-mulher.
Uma testemunha que se relacionou com Laís disse que Gabrielle era “controladora” e “possessiva” com a criança, e que buscava demonstrar que poderia “dar mais” do que a mãe. A avó da menina reforçou a versão, afirmando que a jovem tinha “fixação” pela criança e chegava a exigir que fosse chamada de “mãe”.
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Execução e prisões
Nesta segunda-feira, dois suspeitos de participação no crime foram presos: Erick Santos Maria, apontado como condutor da moto usada no dia do assassinato, e Davi de Souza Malto, autor dos disparos. Ambos confessaram o crime.
A mãe de Davi o reconheceu após as imagens da investigação e disse que o filho chegou a comentar com vizinhos que havia matado alguém. Segundo a Polícia, Gabrielle teria oferecido R$ 20 mil pela execução de Laís.