'A maré subiu e não tinha como voltar andando', diz pai do brasileiro encontrado morto na Argentina
O corpo de Rafael Barlete Rodrigues foi encontrado por moradores do bairro Los Acantilados, ao sul de Mar del Plata

Policiais e bombeiros da Argentina suspeitam que Rafael Barlete Rodrigues, de 32 anos, saiu para caminhar em uma região rochosa ao sul de Mar del Plata e a maré encheu, deixando o engenheiro civil preso no local. O brasileiro foi encontrado sem vida na última quarta-feira (7) por moradores do bairro Los Acantilados, e a família busca ajuda para trazer o corpo de volta ao Brasil.
Rafael saiu da pousada onde estava hospedado às 17h da terça-feira (6) para andar na praia e se dirigiu a uma região com pedras e barrancos, explicou o pai dele, João Aparecido Rodrigues. As informação são do Uol.
“Quando ele estava longe, a maré subiu e não tinha como voltar andando. A polícia e os bombeiros acham que ele tentou nadar, mas as ondas estavam fortes e ele não conseguiu”, disse João Aparecido Rodrigues. “Eles têm essa suspeita porque não é a primeira vez que isso acontece naquele lugar”, complementou.
Após serem chamados pelos moradores, bombeiros e agentes da Defesa Civil percorreram um quilômetro por trilha para chegar até o local. Rafael foi encontrado de bruços, usando uma camiseta preta e cueca branca.
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Conforme o relato do pai, Rafael passou continuou trabalhando remotamente depois da pandemia de Covid-19 e, por isso, resolveu viajar. “Como podia trabalhar de qualquer lugar, ele começou a viajar. Foi ao Paraná, Santa Catarina, sempre perto de praia, que ele gostava”, disse.
Foi na virada de 2024 para 2025 que ele resolveu ir para a Argentina. Além do emprego em uma empresa de suporte de software, Rafael realizava dedicava algumas horas do dia trabalhando para uma pousada em troca de estadia.
“Ainda lá, ele se desligou da empresa, mas como iniciou em outro emprego remoto, disse que ia ficar por mais um tempo antes de voltar ao Brasil”, contou o pai.
Vaquinha para o traslado
A família iniciou uma vaquinha para realizar o traslado do corpo do engenheiro da Argentina para Bebedouro, no interior de São Paulo. Eles precisam arrecadar pelo menos R$ 21 mil para trazer o corpo até o Aeroporto de Guarulhos. De lá até a cidade natal de Rafael são mais R$ 4 mil, que serão custeados pela prefeitura.
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