PGR diz que metade dos presos por atos terroristas em Brasília recebeu auxílio emergencial
Capturados são, em sua maioria, homens e menos de um quinto possui filiação partidária
Metade dos presos por atos terroristas em Brasília no dia 8 de janeiro recebeu auxílio emergencial, de acordo com informações da Procuradoria-Geral da República (PGR). O órgão traçou um perfil médio dos cerca de mil capturados durante o ataque aos Três Poderes.
Conforme a PGR, a maioria tem idade entre 36 e 55 anos e cerca de 60% são homens. Menos de um quinto deles possui filiação partidária. As informações são do O Globo.
"Como resultado desse trabalho conjunto, em pouco mais de um mês, mais de 800 denúncias foram apresentadas à Justiça. As pesquisas nas bases de dados são feitas com a ajuda de ferramentas tecnológicas, que conferem maior agilidade ao cruzamento e análise de informações", explica o órgão.
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Segundo a PGR, "Dessa forma, é possível fazer uma espécie de raio-x de cada investigado, o que contribui para a individualização das condutas atribuídas a cada agente envolvido nos atos".
A análise foi possível por meio de um grupo de trabalho vinculado à área de perícia da PGR. Ele foi criado por conta do volume de informações.
Denúncias
A PGR apresentou, na última terça-feira (14), mais 139 denúncias por participações nos atos terroristas em Brasília. Foram 137 contra presos em flagrante dentro do Palácio do Planalto e outras duas contra presos na Praça dos Três Poderes em posse de rojões, facas, cartuchos de gás lacrimogênio e itens para produzir coquetel molotov.
Com a atualização, a PGR já soma 835 pessoas denunciadas. São 645 "incitadores" e participantes do ato nas sedes dos Três Poderes e presos em frente ao Quartel General do Exército; 189 executores (invasores e perpetradores de vandalismo e depredação) e um agente público, por omissão.