Ministro Alexandre de Moraes manda investigar Bolsonaro por vazamento de dados sigilosos da PF
Moraes acatou, nesta quinta-feira (12), mais uma notícia-crime contra o presidente
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou, nesta quinta-feira (12), a notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para apurar a suspeita de divulgação de dados sigilosos de inquérito da Polícia Federal (PF).
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Assim, o magistrado determinou a abertura de uma nova frente de investigação contra o chefe do Executivo no inquérito das fake news.
Na semana passada, já havia decidido incluir o presidente como investigado devido à transmissão de uma live em que prometia comprovar as fraudes nas urnas eletrônicas, mas, ao final, apresentou apenas um compilado de notícias fraudulentas já desmentidas pelo TSE.
Nesta quinta-feira (12), a decisão do ministro foi uma resposta à notícia-crime assinada por todos os sete ministros do TSE e enviada na última segunda (9) ao STF.
Os integrantes da corte solicitaram a apuração contra o chefe do Executivo e contra o deputado Filipe Barros (PSL-PR) por "possível conduta criminosa".
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Ataques ao TSE
O processo foi motivado por uma publicação de Bolsonaro nas redes sociais feita logo após ele ter afirmado em entrevista a um programa da rádio Jovem Pan que comprovaria a fraude nas urnas eletrônicas.
O presidente disse que o inquérito da PF seria uma das provas de que as urnas são fraudáveis. Um dia depois, porém, o TSE desmentiu a versão de Bolsonaro e disse que o episódio, que ocorreu em 2018, "embora objeto de inquérito sigiloso, não se trata de informação nova".
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Também nesta quinta, o ministro Dias Toffoli cobrou do procurador-geral da República, Augusto Aras, uma manifestação sobre as alegações de Bolsonaro de que houve fraudes nas eleições de 2018.
O presidente já admitiu que não tem como provar as acusações que faz ao sistema eleitoral, mas tem insistido que o pleito vencido por ele foi fraudado.