Legislativo Judiciário Executivo

Inspetor Alberto responderá no Conselho de Ética da Câmara por associar o PT a facções criminosas

O relator do caso, o vereador Luciano Girão (PDT), reforçou que não analisou o mérito da denúncia, apenas sua admissibilidade

(Atualizado às 16:18)
Inspetor Abberto no Plenário da Câmara
Legenda: O parlamentar acusou o PT de "ser eleito por facções criminosas"
Foto: Érika Fonseca/Câmara Municipal

Após arquivar quatro denúncias contra o vereador Inspetor Alberto (PL), o Conselho de Ética da Câmara de Fortaleza acolheu uma quinta representação contra o parlamentar. O mandatário será julgado por ter associado o Partido dos Trabalhadores (PT) a facções criminosas

O processo foi apresentado ao conselho pela própria legenda, por meio do presidente do PT Fortaleza, Guilherme Sampaio, e foi admitido pela Casa nesta quinta-feira (26).

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Conforme a denúncia, no dia 6 de fevereiro deste ano foi discutido em plenário o requerimento, de autoria da vereadora Adriana Almeida (PT), de sessão solene em comemoração aos 45 anos do PT. Durante a análise da proposta, o vereador Inspetor Alberto fez uma fala com apresentação de um vídeo associando o partido a facções criminosas.

No mesmo dia, os vereadores da sigla em Fortaleza entraram com um processo junto ao Conselho de Ética da Câmara contra o político. 

"O motivo foi por decoro parlamentar do vereador. Só que, como precisamos estar no processo, na discussão e também participando das votações, se assinássemos como autores do processo não poderíamos fazer essa discussão, nem participar das votações", explicou Adriana Almeida.

Nesta quinta-feira, o relator do caso, o vereador Luciano Girão (PDT), reforçou que não analisou o mérito da denúncia, apenas sua admissibilidade. Agora, Inspetor Alberto terá direito à defesa diante do Conselho.

“Vimos e revimos o vídeo e pode ser, veja que não entrei no mérito, que haja indícios que dê continuidade ao processo. Então, vamos dar direito à ampla defesa e contraditório ao representante e ao representado para que ambos possam se manifestar”, disse Girão.

O parecer de admissibilidade do relator foi apoiado pelos vereadores René Pessoa (União), Tia Francisca (PSD) e Cláudio Lima (Avante). O único voto contrário foi do vereador Julierme Sena (PL). O político alegou que seu correligionário não fez ofensa pessoal ou quebrou o decoro porque está “integralmente protegido pela imunidade parlamentar”.

O vereador Inspetor Alberto não participou da sessão do Conselho de Ética.

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