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Defesa de Collor diz que tornozeleira do ex-presidente foi desligada involuntariamente

Collor foi preso em um desdobramento da Operação Lava-Jato

Escrito por
Redação producaodiario@svm.com.br
Fernando Collor de Mello.
Legenda: Collor foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Foto: ABR; Valter Campanato/Agência Brasil.

A defesa do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que cumpre prisão domiciliar desde o dia 1° de maio deste ano, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou ao magistrado que sua tornozeleira foi desligada por  um 'incidente involuntário'. A informação foi confirmada pelo portal g1.

"Não há qualquer razão plausível para se cogitar que o peticionante [Collor], beneficiado com a prisão domiciliar humanitária, descumpriria intencionalmente as medidas cautelares já no primeiro dia. O caso, com todo o respeito, não passou de um incidente involuntário, decorrente de informações truncadas repassadas ao monitorado", disse a defesa.

A manifestação da defesa foi solicitada por um desligamento do equipamento registrado no dia 2 de maio, um dia após a determinação da prisão domiciliar e da tornozeleira ser colocada no ex-presidente. Segundo apuração do g1, o aparelho passou cerca de 36 horas desligado. 

Collor foi preso em um desdobramento da Operação Lava-Jato e foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele foi presidente do Brasil entre 1989 e 1992, quando sofreu impeachment.

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PRISÃO DOMICILIAR

O ex-presidente deixou a carceragem do presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió (AL), na noite do dia 1° º de maio. A saída de Collor aconteceu horas depois de o ministro Alexandre de Moraes autorizar o pedido da defesa do ex-presidente para que ele cumpra a pena em casa para resguardar a saúde de Collor, atualmente com 75 anos.

O ex-presidente cumpre algumas medidas na prisão domiciliar, podendo voltar para o regime fechado em caso de descumprimento. Uma delas é o uso de tornozeleira eletrônica.

Cabe à Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social de Alagoas o fornecimento de informações semanais da rotina do ex-presidente.

Ele também teve o passaporte suspenso, por decisão de Moraes, além de não poder receber visitas, exceto dos advogados, médicos e familiares, bem como demais pessoas autorizadas pelo STF.

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