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Candidatos ao governo do Ceará trocam farpas, citam pandemia e segurança pública em debate

Os postulantes ao Palácio da Abolição voltaram a enfatizar a segurança pública. Também destacaram gastos no enfrentamento à Covid e supostas irregularidades na campanha.

Escrito por Thatiany Nascimento , thatiany.nascimento@svm.com.br
Legenda: Candidatos discutiram propostas para o Ceará
Foto: Kid Jr

Os candidatos ao Governo do Ceará voltaram a se encontrar, nesta terça-feira (6), para mais um debate eleitoral. A ação foi promovida pela TV Otimista. Capitão Wagner (União Brasil), Elmano de Freitas (PT) e Roberto Cláudio (PDT) voltaram a trocar farpas, apontando e rebatendo, dessa vez, inclusive, supostas irregularidades na campanha eleitoral. A segurança pública voltou a ter ênfase na discussão e o combate à pandemia de Covid foi um assunto acionado para criticar ou destacar posicionamentos de padrinhos políticos e apoios.   

Os índices de violência no Estado, a presença de facções, os crimes contra mulheres, armamento foram alguns dos assuntos, novamente, destacados pelos postulantes. Em referência a Capitão Wagner, Roberto Cláudio enfatizou que  vai enfrentar à violência “com os pés no chão" e "sem prometer convênio com estados americanos”. Ele voltou a classificar a proposta de parceria com o FBI – apresentada por Wagner – como “ilusória”. 

Wagner rebateu, e ironizou que “nem o Super-Homem, nem o Batman, muito menos o pinguim (em referência ao apelido pejorativo associado a Roberto Cláudio) irão resolver”. Novamente, defendeu a parceria com o FBI e acrescentou que pretende também estruturar seis  Centros de Inteligência Anti Facção. “Vou combater com pulso firme, coisa que faltou no estado do Ceará”, completou. 

Nesse mesmo tema, Roberto Cláudio disse lamentar a ironia do opositor, no que chamou de “um debate sério”, ao mencionar o apelido. “Tem gente que é assim, quando acuado, morde”, disse e afirmou que Wagner liderou e participou de dois motins da polícia no Ceará, que, ressalta Roberto, “trouxeram insegurança e caos”. 

Condutas na campanha

Outro ponto enfatizado foi a decisão do desembargador Raimundo Nonato Silva Santos, proferida na segunda-feira (5), na qual o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) suspendeu o repasse de verba do Governo do Estado aos municípios até o 2º turno das eleições. 

A decisão é uma resposta a um processo movido pelo PDT contra algumas autoridades como a governadora Izolda Cela, o ex-governador Camilo Santana, e o candidato Elmano de Freitas, por abuso de poder. O mérito do processo ainda será julgado e a decisão é liminar. No debate, Roberto Cláudio destacou o assunto. 

Elmano retrucou que “é uma decisão liminar” e acusou Roberto de atacar Camilo e Izolda. O candidato do PT disse ainda que Roberto: “não respeita o direito de ela (Izolda) disputar a reeleição". "O Roberto achou melhor passar por cima dessa governadora em um episódio lamentável do seu partido”. Ele também reforçou que “grave mesmo é acusação leviana, mentirosa”. 

Enfrentamento à pandemia

Candidatos também mencionaram as ações de combate à pandemia de Covid para criticar ou reforçar posicionamentos. Capitão Wagner acusou a gestão de Camilo de desapropriar um hospital privado (Hospital Leonardo da Vinci, em Fortaleza) e pagar metade do valor de mercado aos antigos proprietários. 

Já Elmano enfatizou que Camilo, de fato, desapropriou o hospital para “salvar a vida do seu povo”. Ele também argumentou que quem fez a avaliação do valor do prédio foram peritos e que foram pagos R$ 42 milhões aos proprietários. “Você criticou o Camilo. Mas sua coragem não serviu para atacar o presidente (Bolsonaro) quando ele andava contra o isolamento social”. 

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