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Bolsonaro garante ter 'confiança absoluta' em Guedes e diz que governo não fará 'nenhuma aventura'

A declaração foi dada durante encontro de última hora entre o presidente e o ministro da Economia

Escrito por Redação ,
Guedes e Bolsonaro
Legenda: Em mais um gesto de confiança no ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente Jair Bolsonaro esteve neste domingo visitando uma feira de pássaros em Brasília
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) declarou que tem "confiança absoluta" no ministro da Economia, Paulo Guedes, durante reunião de última hora, realizada no ministério, na tarde desta sexta-feira (22). Na ocasião, Bolsonaro ainda acrescentou que seu governo não vai fazer "nenhuma aventura" na economia. 

"Tenho confiança absoluta nele, ele entende as aflições que o governo passa. [Guedes] assumiu em 2019, fez um brilhante trabalho, quando começou 2020, a pandemia, uma incógnita para o mundo todo”, disse.

A declaração do presidente ocorre em meio a um período turbulento para o Ministério da Economia, diante do avanço da proposta do Governo de modificar a regra do teto de gastos públicos para bancar o programa social Auxílio Brasil.

"Não faremos nenhuma aventura"

Bolsonaro frisou que cerca de 16 milhões de brasileiros são beneficiários do Bolsa Família, que vai substituir o Auxílio Brasil. Porém, negou que o valor de R$ 400 previsto para o auxílio vá prejudicar a economia brasileira.

"Esse valor decidido por nós tem responsabilidade. Não faremos nenhuma aventura, não queremos colocar em risco nada no tocante à economia". 

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Segundo Guedes, o Brasil "tem tudo pra retomar o crescimento" econômico em 2022 e ele vem sendo "condenado" por trabalhar com um "governo democrático". 

"Eu tô errado de acreditar na democracia brasileira? Eu tô de errado de não pedir demissão porque vão gastar cem reais a mais?". 

Embora reconheça não ser "confortável" ampliar o teto de gastos, Paulo Guedes defendeu a ampliação do mesmo como uma medida necessária ao atual momento que o Brasil atravessa. 

"Estamos falando de milhões de brasileiros desamparados e nós temos que escolher: nós vamos tirar [nota] 10 em fiscal e vamos tirar zero no social? Ou baixa um pouco a média do fiscal e aumenta um pouco a média do social? Não há irresponsabilidade fiscal, não é uma licença para gastar". 

Conalgo assume lugar de Funchal

Durante a reunião, Guedes também informou que o ex-ministro do Planejamento, Esteves Colnago, será o novo secretário especial do Tesouro e Orçamento. Ele vai substituir o secretário Bruno Funchal, que pediu demissão alegando motivos pessoais.

"Eu realmente tenho tentado sempre trazer substituições que aumentem a qualidade da equipe. Eu não tenho a menor dúvida que a entrada do Esteves puxa a média pra cima", disse, classificando o novo secretário como "super experiente. Estava na função de advisor (conselheiro) meu". 

 

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