Legislativo Judiciário Executivo

Bolsonaro está com saúde 'frágil' e tem recomendação médica para ficar em casa, diz advogado

A defesa do ex-presidente, que está em prisão domiciliar, falou sobre o estado de saúde dele durante o julgamento no STF

Escrito por
Redação producaodiario@svm.com.br
Foto de Bolsonaro e equipe de defesa
Legenda: Bolsonaro está em prisão domiciliar e não compareceu ao julgamento
Foto: Fellipe Sampaio/STF

O advogado de Jair Bolsonaro (PL), Paulo Amador Bueno, disse durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (3), que a saúde do ex-presidente, em prisão domiciliar, é frágil. Segundo ele, Bolsonaro "tem uma saúde extremamente fragilizada, e a orientação dos médicos é que ele fique em casa. 

"Estive com ele, ele tem crises de soluço muito fortes, é até aflitivo. A orientação médica é de que ele permaneça em casa porque aqui (no STF) é muito estressante tanto do ponto de vista físico quanto emocional. É uma situação bastante delicada, são muitas horas de julgamento", comentou Paulo Bueno. 

Nesta quarta, a defesa do ex-presidente fez sustentação oral no STF, para falar sobre as acusações de tentativa de golpe, e negou que Bolsonaro tenha se envolvido na chamada trama golpista.

Veja também

O que disse a defesa no julgamento?

A defesa do ex-presidente negou que ele esteve envolvido com os atos golpistas, e questionou a validade da colaboração premiada do ex-ajudante de ordens do Governo Bolsonaro, Mauro Cid

O advogado Celso Vilardi, começou sua fala apontando que a base das acusações contra o ex-presidente foi a delação e uma minuta de decreto golpista encontrados com investigados. 

"Bolsonaro foi dragado por esses fatos (...) Ele não atentou contra o Estado Democrático de Direito", defendeu. Segundo Vilardi, "não há uma única prova que atrele o presidente" às bases das ações golpistas: Plano Punhal Verde-Amarelo, Operação Luneta e 8 de Janeiro.

Vilardi rebateu também a tese de que Bolsonaro teria incitado ou liberado os apoiadores para os atos antidemocráticos de 8 de Janeiro. "Onde estão, nesses acordos (de não precursão penal), que Bolsonaro é o chefe?", questionou. "Esse caso vai crescendo para colocar o presidente no 8 de Janeiro", acrescentou.

Assuntos Relacionados