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Bolsonaro afirma desconhecer pen drive e questionará Michelle sobre o dispositivo

Ex-presidente alega que "nunca abriu um pen drive", encontrado por policiais federais no banheiro de sua casa

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 18:58)
Ex-presidente Jair Bolsonaro ao lado da esposa, Michelle Bolsonaro. Imagem usada na matéria onde ele diz que irá perguntar a companheira sobre pendrive
Legenda: Bolsonaro afirmou que irá perguntar para a esposa, Michelle, se o dispositivo era dela
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou nesta sexta-feira (18) sobre o pen drive encontrado por policiais no banheiro da sua casa durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão da Polícia Federal, em uma operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele alega que "nunca abriu um pen drive" e que vai perguntar se o dispositivo de armazenamento de dados é da esposa, Michelle Bolsonaro. As informações são do portal g1.

Durante as buscas na residência do ex-presidente, os agentes localizaram o pen drive em um dos banheiros. Além disso, foram apreendidos no imóvel cerca de 14 mil dólares e R$ 2 mil. A PF também encontrou uma cópia da petição inicial da rede social Rumble contra Moraes. A plataforma vem travando uma batalha judicial contra o ministro do STF nos Estados Unidos.

"Olha, uma pessoa pediu para ir ao banheiro, eu apontei o banheiro, e voltou com um pen drive na mão. Nunca abri um pen drive na minha vida. Eu não tenho nem laptop em casa para mexer com pen drive. A gente fica preocupado com isso", argumentou Bolsonaro.

Ainda sobre a apreensão do dispositivo de armazenamento de dados, Bolsonaro disse estar "surpreso" por não saber como ele foi parar no banheiro. 

"Não estou sugerindo nada. Estou é surpreso. Vou perguntar para minha esposa [Michelle Bolsonaro] se o pen drive era dela", acrescentou o ex-presidente.

Por determinação da Justiça, o antigo chefe de Estado terá que usar tornozeleira eletrônica, não poderá utilizar redes sociais e não poderá falar com o filho, Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos.  

>> Leia a decisão na íntegra

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Investigado por tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro passou a protagonizar a recente crise entre Brasil e Estados Unidos, após o presidente americano, Donald Trump, anunciar tarifas de 50% ao mercado brasileiro e afirmar que o processo criminal contra o ex-presidente deveria terminar "imediatamente".   

Segundo informações da jornalista Natuza Nery, da GloboNews, um dos motivos para a determinação dos mandados seria o financiamento reconhecido de Jair Bolsonaro ao filho, Eduardo, que teria recebido repasse de R$ 2 milhões do pai mesmo fora do Brasil.

A mesma emissora apontou que fontes do STF também citaram entre as motivações os ataques frequentes e recentes à soberania nacional, assim como as sanções tarifárias dos Estados Unidos como forma de pressão contra o julgamento de Bolsonaro em solo brasileiro.

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