Vendas do comércio no Ceará sofrem leve queda em julho, aponta IBGE
Com o resultado do sétimo mês do ano, as vendas do varejo cearense acumulam alta de 2,9% em 2021 na comparação com os primeiros sete meses de 2020
Após crescimento entre maio e junho deste ano, as vendas do comércio varejista cearense ficaram praticamente estáveis (-0,2%) na passagem de junho para julho deste ano, considerando a série ajustada sazonalmente. A informação foi divulgada na manhã desta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Já em julho deste ano na comparação com igual período do ano anterior, as vendas do varejo no Estado retraíram 6,7%. É o terceiro pior resultado entre todos os estados, considerando essa base de comparação.
O dado só fica atrás dos tombos observados no comércio do Maranhão (-8,1%) e do Amazonas (-9,7%).
Com o resultado do sétimo mês do ano, as vendas do varejo cearense acumulam alta de 2,9% em 2021 na comparação com os primeiros sete meses de 2020. Nos últimos 12 meses até julho, as vendas apresentam crescimento de 3,6%.
Na avaliação do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, Assis Cavalcante, as vendas em julho de 2020 estavam bem mais aquecidas por se tratar de um período de reabertura de atividades após 68 dias de suspensão do atendimento presencial em decorrência do coronavírus.
"Nos anos anteriores também tínhamos um turismo efervescente. Neste ano a ocupação ficou em 60% nesse período, então sem essa potência toda do turismo o comércio é afetado", explica Assis Cavalcante.
Tendência
Para os próximos meses, porém, a expectativa é positiva, na avaliação do presidente da CDL Fortaleza.
"A tendência de outubro em diante é que, com as pessoas vacinadas, o faturamento das empresas melhore. Nosso medo é a volta da inflação alta, que pode reduzir o poder de compra das pessoas, mas estamos esperançosos que os preços ficarão mais controlados e mais pessoas serão vacinadas", arremata Assis Cavalcante.
Varejo ampliado
Já as vendas do comércio varejista ampliado no Ceará ficaram estáveis (-0,1%) em julho deste ano na comparação com igual período do ano anterior. O varejo ampliado inclui as vendas de veículos, motocicletas, partes e peças, além de material de construção.
Na comparação entre julho e junho deste ano, na série com ajuste sazonal, o varejo ampliado recuou 1%, de acordo com o IBGE.
Veículos em destaque
No Ceará, a venda de veículos, motocicletas, partes e peças apresentou crescimento de 17,2% em julho deste ano na comparação com igual período do ano passado, melhor resultado entre os segmentos pesquisados.
As vendas de tecidos, vestuário e calçados também apresentaram desempenho positivo no período, com alta de 11,9% na comparação com o mês de julho de 2020.
Veja como se comportou cada atividade:
- Combustíveis e lubrificantes: 7,7%
- Hipermercados supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: -8,8%
- Hipermercados e supermercados: -8,2%
- Tecidos, vestuário e calçados: 11,9%
- Móveis e eletrodomésticos: -22,9%
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos: -2,6%
- Livros, jornais, revistas e papelaria: -45,2%
- Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação: -10,9%
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico: -9,2%
- Veículos, motocicletas, partes e peças: 17,2%
- Material de construção: 1,2%
Brasil
As vendas do comércio varejista no País subiram 5,7% em julho de 2021 na comparação com igual período de 2020, de acordo com o IBGE. É a quinta taxa positiva consecutiva.
Na passagem de junho para julho, na série com ajuste sazonal para o período, as vendas do varejo cresceram 1,2%, quarta alta seguida nessa base de comparação.