Setor de panificação registra alta de empregos

Ceará se recupera após instabilidade no início do ano, diz Sindpan-Ce

Escrito por Agência de Conteúdo DN ,
Legenda: Procura por produtos mais saudáveis foi um dos aspectos que contribuíram para o crescimento da panificação cearense
Foto: shutterstock

A indústria de pães está em comemoração no mês de outubro. Além do Dia Mundial do Pão, celebrado dia 16 de outubro, o setor comemora também o crescimento dos empregos, após apresentar instabilidade no início do ano. De acordo com dados da rede Panificação Cearense representado pela Associação Cearense da Indústria de Panificação, Rede Pão e o Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria no Estado do Ceará (Sindpan-Ce), o Ceará segue em recuperação, gerando 323 empregos no acumulado de 2022.

“O atual cenário é de crescimento”, afirma Alex Martins, vice-presidente do Sindpan-Ce. “Muitas padarias estão reformulando seus produtos e serviços para atender ainda melhor e com o máximo de qualidade para seus clientes”.

Como pontua o representante do setor, a mudança de hábitos do consumidor, com aumento da procura de produtos mais saudáveis, foi um dos aspectos que contribuíram para o crescimento da panificação cearense. “Outros fatores foram o aumento do consumo sem sair de casa, no caso os pedidos de delivery, assim como também as reuniões feitas nas lojas, seja por amigos, negócios e lazer, sem contar que o pão ainda é um alimento barato para a população em geral”, aponta Alex Martins.

O mercado responde às mudanças de consumo pós-pandemia e aposta em novas propostas e produtos. “As padarias mudaram e ainda continuam mudando comparado com o momento de antes da pandemia. Criamos novos produtos e embalagens, novas abordagens de atendimento e vendas. As padarias estão com o setor de delivery bem mais desenvolvido e expandido o serviço fora de suas lojas, oferecendo coffee break, serviços de almoço e jantares”.

Dia Mundial do Pão

Um dos alimentos mais tradicionais na maioria das culturas ocidentais, o pão tem até data comemorativa. Próximo dia 16 de outubro celebra-se o Dia Mundial do Pão. O dia foi instituído no ano 2000, pela União dos Padeiros e Confeiteiros de Nova York.

Apesar da enorme variedade de pães disponíveis no mercado, o pão carioquinha (pão francês) é o mais consumido no Brasil. Composto por água, farinha de trigo, sal e fermento, a venda do alimento corresponde a 45% do total comercializado nas padarias, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip).

No País, o setor tem alta arrecadação e forte geração de emprego. Em 2020, faturou R$ 91,9 bilhões e gerou 530.773 empregados (julho de 2020), segundo dados do Observatório da Indústria.

No Ceará, 48% das empresas se concentram na Capital, onde a geração de emprego no setor representa 61,5%. Essa rede é fomentada pelas entidades Sindpan, Rede Pão (Central de Negócios) e Associação Cearense da Indústria de Pão (ACIP), mediante convênios, eventos e cursos voltados para melhoria de gestão e de vendas. “Hoje temos uma forte atuação política junto aos órgãos públicos, contribuindo para as melhorias e atenuando as punições”, arremata Alex Martins.

Segmento de confecções no Ceará expande atuação para mercado internacional

Legenda: Mercado de confecções se recupera após os impactos da pandemia de Covid-19
Foto: Divulgação Sindconfecções

No último mês de agosto, empresas cearenses do ramo de confecção conseguiram contratos de agenciamento em países da Europa, da África e nos Estados Unidos. O movimento faz parte de um esforço conjunto entre entidades que buscam aumentar as oportunidades de exportação para as marcas locais.

De acordo com Daniel Gomes, presidente do Sindicato das Indústrias de Confecção de Roupas no Estado do Ceará (Sindconfecções), foi realizado um encontro em setembro com a empresa Global Trading Company, responsável por fazer o elo das empresas cearenses com o mercado exterior. Duas marcas de moda feminina fecharam contrato: Modatex e Gadani.

Na ocasião, foram identificadas e visitadas empresas interessadas em entrar no ramo de exportação. “Também foram esclarecidas questões relevantes quanto às formas de negociação, tipos de produtos, potencial do mercado, precificação e ainda abordados pontos sobre documentação e certificações necessárias”, comenta Daniel. O presidente ressalta que empresas de moda íntima e jeans estão em negociações.

Ainda em 2022, uma missão a Portugal foi promovida pela Secretaria de Desenvolvimento do Estado (Sedet) e a Fiec, com líderes do Sindconfecções e do Sindiroupas. Na oportunidade, os participantes conheceram o ecossistema português de moda.

Para Daniel Gomes, o mercado de confecções passa por um período de recuperação após os impactos da pandemia de Covid-19. Custos de frete para países do leste asiático subiram 600%, além de aumento no tempo de envio de 20 para 85 dias, o que resultou em perdas para o mercado local.
 

Para 2023, o presidente reforça que o sindicato seguirá investindo em capacitação para o setor, com foco em gestão, marketing e comercial, com objetivo de ampliar a cultura de exportação no Ceará. A entidade conta com 320 empresas associadas no estado.

“Estamos identificando municípios parceiros para incentivar polos de confecção no interior do estado, gerando emprego e renda em outras cidades do estado”, pontua Daniel.

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