Portugal volta a aceitar entrada de brasileiros, mas sem Fortaleza
Voos só serão permitidos a partir de São Paulo e Rio de Janeiro
O Governo de Portugal prorrogou a partir deste mês as medidas restritivas de tráfego aéreo com destino ao Brasil com uma exceção permitindo a entrada de brasileiros com um comprovante de teste negativo para Covid-19 - mas somente voos com origem em São Paulo ou Rio de Janeiro a Lisboa, deixando a Capital de fora. A decisão adiou o retorno da empresa aérea TAP ao Aeroporto Internacional de Fortaleza no último domingo (5).
De acordo com a companhia, os voos só serão retomados após Brasil e União Europeia retirarem as restrições de viagens. A TAP informou ainda que esperava retomar os voos para outros destinos brasileiros entre julho e agosto, e que no momento, não tem previsão de quando isso vai poder ocorrer.
"Essa decisão com certeza adia o nosso retorno, e por conta disso a gente teve que postergar. Agora, estamos dependendo de quando os governos vão decidir abrirem as fronteiras", informou a TAP.
O secretário do Turismo do Estado (Setur), Arialdo Pinho, disse que as viagens neste momento não são de turismo, e sim de familiares e trabalhadores portugueses no Brasil e brasileiros residentes em Portugal. "As viagens ainda estão restritas. Os voos que existem não são para turismo. Quem decide quando volta é a pandemia. Na hora que tiver um controle, eu acho que não vai haver problema viajar".
Pinho afirmou também que acredita que as viagens devem ser retomadas somente a partir de novembro. "Minha expectativa é que a gente retome os voos internacionais entre novembro e dezembro".
Decisão
No início de julho, o Governo português divulgou documento com as restrições. Entre elas está a interdição do tráfego aéreo com origem em países que não integram a União Europeia, excetuando as viagens essenciais. No caso do Brasil, só são admitidos voos provenientes de São Paulo e Rio de Janeiro, excluindo demais cidades brasileiras.
Além disso, os passageiros precisam apresentar, no momento da partida, comparativo de teste à Covid-19, com resultado negativo, realizado nas últimas 72 horas antes do embarque, "sob pena de lhes ser recusada a entrada em território nacional".