Para evitar fechamento da Paquetá no Ceará, Governo antecipa crédito de R$ 23 milhões
Empresa se comprometeu a permanecer no Estado pelo período mínimo de 31 meses, mantendo os empregos diretos em seis municípios
Para evitar que o Grupo Paquetá, fabricante de calçados, encerre suas operações no Ceará, o Governo do Estado decidiu antecipar créditos ajustados estimados em R$ 23 milhões. O valor será pago à empresa em duas parcelas e decorre do Programa de Incentivo às Atividades Portuárias e Industriais do Ceará (Proapi).
A liberação do crédito foi definida após resolução do Conselho de Desenvolvimento Econômico (Condec), que autoriza a liberação de parcelas para empresas em recuperação judicial, como a Paquetá.
No termo de compromisso, assinado nessa sexta-feira (9) pelo secretário estadual do Desenvolvimento Econômico (SDE), Salmito Filho, com a empresa, a Paquetá se compromete a permanecer no Estado pelo período mínimo de 31 meses, mantendo os empregos diretos nas unidades de Itapajé, Pentecoste, Irauçuba, Apuiarés, Uruburetama e Tururu.
“É um compromisso que o governador Elmano de Freitas assume em antecipar tais parcelas a partir do compromisso assumido pela empresa Paquetá de garantir os empregos formais e o pagamento dos funcionários em dia”, comentou o titular da SDE.
O objetivo do Governo com a medida é evitar o fechamento das fábricas da Paquetá nos seis municípios onde a empresa está presente e que geram cerca de 3,1 mil empregos diretos.
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Empresa estava atrasando salário
Originária do Rio Grande do Sul e em recuperação judicial desde abril de 2019, a Paquetá estava atrasando o pagamento dos salários dos trabalhadores no Ceará desde março deste ano.
Em Uruburetama, onde a fábrica emprega cerca de mil pessoas, precisou a prefeitura interferir para doar cestas básicas aos funcionários, que não conseguiam pagar contas básicas, como alimentação e moradia.