Nordeste Forte: financiamento e tributação entre prioridades para região

Infraestrutura também é um dos focos da nova gestão da associação que reúne a indústria regional e passa a ser liderada a partir de hoje (22) pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, Ricardo Cavalcante

Escrito por Redação ,
Ricardo Cavalcante Fiec
Legenda: Ricardo Cavalcante é presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) e assume hoje a Associação Nordeste Forte, da CNI
Foto: Kid Júnior

Financiamentos, tributação e infraestrutura são os temas que vão pautar a mais nova gestão da Associação Nordeste Forte, que será assumida nesta segunda (22) pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Ricardo Cavalcante. A entidade, que é ligada à Confederação Nacional da Indústria (CNI), tem como propósito reunir os principais representantes do setor industrial nos nove estados nordestinos rumo ao fortalecimento da competitividade econômica da Região.

“Nós temos uma agenda para discussão de financiamentos da região, uma pauta que estamos discutindo muito; na parte também de tributação, de infraestrutura – que é uma área muito importante, porque o Nordeste precisa de muita coisa pra ser feita –, na parte de energia, de transportes, infraestrutura urbana e hídrica também. E cada etapa nós iremos discutir e acompanhar”, disse Ricardo Cavalcante em entrevista ao Diário do Nordeste na última quarta-feira (17).

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Uma das vitórias alcançadas por meio da Associação Nordeste Forte, conforme lembrou o presidente da Fiec, se trata da Medida Provisória 1017, atualmente no Congresso. “Para você ter uma ideia, foi um trabalho da Nordeste Forte, junto com a associação do Norte, conseguir sair com essa MP 1017, que faz a renegociação do FNE e do FNO, bem como do Finor. Foi um trabalho feito pela Associação que hoje, graças a Deus, se encontra no Congresso em forma de Medida Provisória, um problema que tem mais de duas décadas e não conseguia se resolver”, disse.

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Legenda: Obstáculos enfrentados pela indústria em estados do nordeste são semelhantes e devem ser enfrentados em conjunto, aponta Cavalcante

Ele reforça que a Associação Nordeste Forte tem como visão unificar a discussão junto aos órgãos federais, estaduais e municipais. “O objetivo maior da Nordeste Forte é discutir nossos problemas em conjunto. Fui eleito no final do ano presidente por aclamação para o mandado 2020-2022”, detalhou Ricardo Cavalcante.
A necessidade de discutir os problemas da indústria dos nove estados nordestinos de forma conjunta surgiu da percepção de que os percalços são semelhantes entre os estados, na avaliação do presidente da Associação.

“Eu vou liderar agora nove estados. Cada presidente de Federação é muito participativo, e a gente achou a necessidade de se discutir também em conjunto, porque muitas vezes os problemas que tem no Maranhão também tem aqui, tem no Rio Grande do Norte, tem na Bahia, etc. A gente está cada vez mais fortalecendo nossas Federações e também a CNI (Confederação Nacional da Indústria) junto com a Nordeste Forte”, destacou o presidente da Fiec.

“Então o objetivo da Nordeste Forte é exatamente este: fazer com que nós possamos, unidos, de uma forma coerente, entender quais são as grandes demandas e em cima destas demandas, resolver as questões”, ressaltou ainda Ricardo Cavalcante.

Para o vice-presidente da Fiec, André Montenegro, a Associação Nordeste Forte se faz ainda mais importante diante do cenário pandêmico que ainda abala o setor produtivo e tem travado o desenvolvimento econômico brasileiro. “Nós precisamos nos unir para ter ganho de produtividade na indústria, que é a saída dessa crise provocada pela pandemia. Precisamos muito focar nisso e produtividade se ganha com capacitação. O presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, está muito bem posicionado e tem feito um excelente trabalho à frente da Federação. Isso o credenciou para assumir a Associação Nordeste Forte”, destaca Montenegro.

O vice-presidente da Fiec ressalta ainda que o Nordeste possui diferenças regionais que devem ser tratadas com a devida peculiaridade. “As políticas industriais brasileiras precisam passar pela região Nordeste, então o setor se uniu em prol da indústria nordestina. Acreditamos que será uma grande gestão”, arremata André Montenegro.

Diretoria

Além de Ricardo Cavalcante, a diretoria da Associação Nordeste Forte será composta por José Carlos Lyra de Andrade, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Alagoas (Fiea), que assume como vice-presidente secretário, e Eduardo Prado de Oliveira, da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (Fies). A cerimônia de posse será realizada hoje e transmitida diretamente da sede da CNI, em Brasília (DF).

 

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