Ministérios estudam privatizar o Parque Nacional de Ubajara
Estudo de viabilidade será feito a partir de uma parceria entre o MTur e o MMA
O Parque Nacional de Ubajara passará por um estudo de viabilidade técnica para receber investimentos público-privados, segundo informaram os ministérios do Turismo (MTur) e de Meio Ambiente (MMA). A proposta de concessão do equipamento, segundo a nota enviada, foi debatida entre os ministérios, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a comunidade.
“É concedida uma autorização para que a iniciativa privada possa administrá-los (os parques). Mas, para isso, precisa atender a uma série de requisitos e normas focadas na conservação do parque. Caso não sejam atendidas, podemos reaver a concessão”, explicou o ministro Marcelo Álvaro Antônio (Turismo).
O MTur será o responsável pelo custeio do estudo de viabilidade e defende a proposta devido à expectativa "de que o turismo de natureza e viagens regionais sejam fortes condutores do processo de retomada do turismo no país, após os impactos da pandemia de Covid-19".
Com atrativos que vão desde trilhas, inclusive de bike, a roteiros histórico-culturais e a visita à Gruta de Ubajara – até 2015 acessada por um bondinho, que está interditado para obras de modernização, o Parque Nacional de Ubajara possui 61 anos e conta uma área de 6 mil hectares que corta três municípios cearenses: Ubajara, Tianguá e Frecheirinha.
Articulação
A nota do MTur informou ainda que, aa última quarta-feira (21.10), o secretário Nacional de Atração de Investimentos, Parcerias e Concessões do Ministério do Turismo, o cearense Lucas Fiuza, esteve reunido com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para tratar da agenda de concessões de parques.
"O parque é de uma beleza ímpar. Queremos impulsionar o número de visitantes, que podem interagir com a natureza ao percorrer trilhas e conhecer o processo de conservação da região, mantendo a proteção dos ecossistemas naturais", destacou Lucas Fiuza.
Entre os objetivos da ação, estão "melhorias nas estruturas existentes, aumentar o fluxo turístico, além de gerar mais emprego e renda para a comunidade local".
O volume de recursos empregado no estudo e os prazos de início e conclusão não foram divulgados pelo ministério.