Em evento no Lide Ceará, William Waack cobra estabilidade política e visão ampla do empresariado
O evento, que ocorreu de modo híbrido, é realizado no Ceará
O jornalista, cientista político e escritor William Waack ministrou palestra, nesta sexta-feira (10), ao lado de Emília Buarque, presidente do Grupo de Líderes Empresariais do Ceará (Lide), intitulada “Cenário Político e Econômico: Brasil e seus Desafios”. O evento, que ocorreu de modo híbrido, é realizado no Ceará.
Os palestrantes afirmaram que o Brasil precisa recuperar a estabilidade política para que a pauta econômica possa voltar a andar com tranquilidade.
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Durante o evento, Waack defendeu que o Brasil vive um cenário político instável e que a classe empresarial brasileira precisa começar a se unir em torno de pautas comuns para tentar agilizar o processo de discussão sobre temas importantes para os setores.
"Dentro dos setores existe uma raça impressionante que interfere nas condições de empreender. Os membros da elite precisam pensar em um país de uma forma mais abrangente do que só pelo próprio interesse. Esse é um deficit que temos de reconhecer que existe. Não uma voz que fale pela indústria como um todo, ou pelo agronegócio, ou pelo setor de serviços, e por isso que nossa situação é tão complicada", afirmou o jornalista.
Retomada econômica
A presidente do Lide afirmou que é preciso estar atento aos efeitos do cenário político instável no Brasil sobre a economia. Sem um quadro estável, no País, defendeu Emília, será difícil retomar a pauta da recuperação econômica
"Não tem outra forma. Estamos em uma situação em que a pauta política interfere na pauta econômica, entendendo o último recuo do Governo Federal sobre as manifestações do dia 7 de setembro como importante para a economia porque é uma trégua. Mas, de fato, a estabilidade política é a única forma de termos esse momento que esperamos, não só pela economia, mas também pelo povo. Precisamos avançar e espero que essa trégua entre poderes possa ser duradoura", disse Buarque.
"O que o Brasil precisa agora é geração de emprego e renda e construir uma retomada da economia, dando proteção para que as pessoas não adoeçam mais e que não tenhamos uma terceira onda", completou.