Caixa reduz cota de financiamento para imóveis de até R$ 1,5 milhão e exigirá entradas maiores

Decisão teria como base escassez de recursos da instituição financeira

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(Atualizado às 15:22)
Imóveis em Fortaleza
Legenda: Mudanças anunciadas pela Caixa já começam a valer a partir do dia 1º de novembro
Foto: Kid Jr.

A Caixa Econômica Federal anunciou que fará alterações nos financiamentos para imóveis de até R$ 1,5 milhão a partir de novembro deste ano. A decisão, que tem como motivação a escassez dos recursos da caderneta de poupança, passará a exigir uma entrada maior aos consumidores. 

Considerando a linha de empréstimos com Sistema de Amortização Constante (SAC), a cota de financiamento do banco caiu de 80% para 70%, exigindo um valor de entrada mínimo de 30%. O percentual é maior que o solicitado anteriormente, quando o banco exigia 20%. 

Além disso, a Caixa segue mirando nos imóveis de menor valor, reforçando as análises de risco para ser mais rigoroso na concessão de crédito.

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Os empréstimos que se utilizam de recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) para compra ou construção individual serão feitos apenas para imóveis com valor de avaliação ou compra e venda limitado a R$ 1,5 milhão. O cliente também não poderá ter mais de um financiamento habitacional ativo com a Caixa. 

Na tabela Price, a mudança também resulta em queda na possibilidade. O financiamento só poderá ser feito com até 50% do valor do imóvel. Anteriormente, a cota era de 70%. 

No informe desta terça-feira (15), a Caixa ressalta que as alterações nas cotas de financiamento e a limitação no valor do imóvel não serão válidas para unidades habitacionais vinculadas a empreendimentos financiados pelo banco.

Escassez de recursos

Conforme dados da Folha de S. Paulo, que noticiou o aperto no financiamento pelo banco, a Caixa já chegou a R$ 63,5 bilhões de reais destinados a contratações, chegando a 90% de tudo que tinha disponível. A meta era de R$ 70 bilhões para 2024.

A redução, então, está intimamente ligada com o atual cenário do mercado imobiliário brasileiro, que tem apresentado crescente demanda por imóveis e maior volume de saques da caderneta de poupança.

O volume menor de depósitos na poupança seria um dos principais problemas, já que essa é a maior fonte de financiamento para as linhas de crédito habitacional destinadas à classe média.

Em nota oficial, a Caixa informou que a carteira de crédito habitacional deve superar o orçamento aprovado para este ano. A instituição financeira é responsável por quase 70% do mercado e 2024 já contabilizou 627 mil financiamentos de imóveis.

"A Caixa estuda constantemente medidas que visam ampliar o atendimento da demanda excedente de financiamentos habitacionais, inclusive participando de discussões junto ao mercado e ao Governo, com o objetivo de buscar novas soluções que permitam expansão do crédito imobiliário no país, não somente pela Caixa, mas também pelos demais agentes do mercado", apontou o banco em nota. 

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