Mulher que mora com suspeito de agredir Victor Meyniel diz que ator a chamou de 'chata e esquisita'
A médica Karina de Assis relatou à Polícia uma série de desconfortos que teve com Victor Meyniel em sua casa
A médica Karina de Assis, que divide apartamento com o estudante de medicina Yuri de Moura Alexandre, 29, preso por agredir o ator Victor Meyniel no rosto e na cabeça no último sábado (2), relatou à Polícia Civil do Rio de Janeiro que foi "importunada" pela vítima e que teria sido chamada de "chata e esquisita".
Segundo a mulher, antes de ser agredido por Yuri, Victor teria entrado diversas vezes no quarto dela sem permissão. Além disso, a médica contou que, ao ser expulso do imóvel, o ator teria ameaçado Yuri afirmando que a vida dele "nunca mais será a mesma". Informações são do Extra.
Karina ficou quase quatro horas na Delegacia de Copacabana e deixou a unidade de segurança sem conceder entrevista à imprensa. No entanto, o Extra teve acesso ao depoimento da médica e publicou que, segundo ela, Yuri disse que achava Victor "muito chato" e que teria tentado fazer o ator "ir embora há algum tempo" da casa.
Karina disse à Polícia que, nas duas horas em que teve contato com Victor, achou que ele foi "deselegante" e "debochado" e narrou uma interação entre os dois, como quando ela disse para o ator ficar à vontade porque ela precisava dormir, e ele respondeu: "Você não vai mandar o que eu tenho que fazer", e saiu do quarto.
A médica continuou relatando outros momentos de desconforto que teria tido com o ator naquele dia e afirmou que Yuri interveio para defendê-la. "Ela mora aqui, a casa é dela. Você vai embora", disse o estudante, segundo a amiga, antes de expulsar Victor e fechar a porta do apartamento.
Contudo, ao perceber que o ator esqueceu os tênis, de acordo com Karina, Yuri foi atrás dele para devolver o calçado e foi quando a discussão entre os dois começou.
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Entenda o caso
O ator Victor Meyniel foi agredido na manhã do último sábado (2), na portaria do prédio onde mora Yuri, após sair de uma festa em uma boate de Copacabana, com o estudante de medicina. Yuri teria convidado o ator para os dois continuarem a noite em sua casa e, no local, eles teriam "ficado", até a chegada de Karina.
Yuri foi preso preventivamente no domingo (3) pelos crimes de injúria por preconceito, lesão corporal e falsidade ideológica — este último, por ter se identificado à Polícia como médico da Aeronáutica.
Também foi autuado no caso o porteiro Gilmar José Agostini, por omissão de socorro durante as agressões. Ao jornal O Globo, Victor Meyniel disse, na segunda-feira (4), que Gilmar somente o ajudou a se levantar porque seu corpo estava "atrapalhando a passagem" na portaria do prédio.