Porteiro só levantou Victor Meyniel minutos após as agressões, mostram imagens de prédio

Gravações da câmera de segurança do local estão sendo usadas na investigação do caso

Escrito por Redação ,
Legenda: Victor Meyniel afirmou, em depoimento, que o porteiro apenas o retirou da passagem na portaria após as agressões
Foto: reprodução

Imagens da câmera de segurança do prédio onde o ator Victor Meyniel foi agredido pelo estudante de Medicina Yuri de Moura Alexandre estão sendo utilizadas pela polícia para a investigação do ocorrido no último dia 2. As cenas mostram o tempo de discussão entre os dois e o momento em que o porteiro do local levanta o artista do chão. 

Em entrevista, Victor Meyniel afirmou que o porteiro "o tirou da passagem", mas não teria auxiliado após as agressões físicas sofridas. Em contrapartida, o porteiro, Gilmar José Agostini, relata ter ajudado o ator e ligado para o síndico, responsável pela chamada para a Polícia Militar. 

A delegada Débora Rodrigues, titular da 12ª DP (Copacabana), explicou, em entrevista ao g1, que as imagens reforçam a teoria utilizada para autuação do porteiro por omissão de socorro.

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"Ele viu tudo e não fez nada. Ele não precisava se meter na briga, claro, pela integridade física dele, mas ele tinha o dever de pedir socorro", informou.

Depoimentos

Além disso, o síndico do prédio, Marcos de Carvalho Abrantes, também foi ouvido em depoimento e defendeu o funcionário, apontando características dele na rotina comum da portaria.

O depoimento aponta que o síndico "descreve o porteiro como uma pessoa simplória, que tem medo das coisas, que é diabético e cuida do irmão que está internado, por isso o declarante acredita que o porteiro não interveio".

As imagens apontam que Yuri chegou à portaria às 8h21, assim como Victor na sequência. As agressões começaram às 8h24 e Gilmar levanta Victor às 8h26, retornando ao local que ocupa na portaria logo em seguida. 

O homem responsável pelas agressões, Yuri de Moura Alexandre, responderá por lesão corporal, injúria por preconceito e falsidade ideológica por conta da identificação como médico militar. Já o porteiro Gilmar Agostini será autuado por omissão de socorro. 

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