Marido de Gilberto Braga, Edgar Moura Brasil se pronuncia sobre morte do autor

Casal esteve junto por 48 anos, mas só se casou em 2014

Escrito por Redação ,
Edgar Moura Brasil e Gilberto Braga na praia com dois cachorros
Legenda: Edgar compartilhou mensagem de homenagem ao marido no Instagram
Foto: André Arruda / Divulgação

O decorador Edgar Moura Brasil, 66, que foi casado com Gilberto Braga por 48 anos, se manifestou nesta quarta-feira (27) pela primeira vez após a morte do autor de novelas.

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Ele compartilhou a homenagem de uma casa de decorações com a mensagem: "RIP (descanse em paz) Gilberto Braga, suas obras estão sempre vivas nas nossas memórias". 

Print de homenagem de edgar moura brasil a gilberto braga
Legenda: Dupla se casou em 2014
Foto: Reprodução

Segundo O Globo, Gilberto e Edgar, apesar de estarem juntos há quase 50 anos, só se casaram em 2014.

Morte de Gilberto Braga

Braga morreu aos 75 anos nessa terça-feira (26). Ele sofria do Mal de Alzheimer e estava internado no Hospial Copa Star, no Rio de Janeiro.

O escritor começou carreira na TV Globo na década de 1970, onde fez minisséries e novelas aclamadas pelo público, como "Escrava Isaura" (1976).

Ele nasceu no Rio de Janeiro, no dia 1º de novembro de 1945. Cursou a faculdade de Letras na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro e começou a trabalhar dando aulas na Aliança Francesa.

Posteriormente, trabalhou como crítico de teatro e cinema do jornal O Globo.

Novelas de Gilberto Braga

Estreou na TV Globo como autor em 1972, com uma adaptação de "A Dama das Camélias", de Alexandre Dumas, para um "Caso Especial".

A primeira experiência em telenovela que Gilberto Braga teve foi com "Corrida do Ouro", em 1974, quando dividiu a autoria com Lauro César Muniz e Janete Clair.

O primeiro sucesso veio dois anos depois, com "Escrava Isaura". Em 1978, estreou no horário nobre, com um dos seus maiores sucessos: "Dancin’ Days".

Já a estreia em minisséries foi com "Anos Dourados", em 1986. Ele destacou-se por escrever vilões inesquecíveis.

Principais trabalhos

  • Dancin’ Days (1978)

A trama gira em torno da rivalidade entre duas irmãs: a ex-presidiária Júlia Matos (Sônia Braga) e a socialite Yolanda Pratini (Joana Fomm). Acusada de atropelar e matar um guarda-noturno, Júlia é condenada a 22 anos de prisão.

Depois de cumprir metade da pena, ela consegue liberdade condicional. A partir de então tenta, de todas as formas, livrar-se do estigma de ex-presidiária.

Seu primeiro desafio é reconquistar o amor da filha, Marisa (Gloria Pires). A menina foi criada por Yolanda que, com medo de perder a sobrinha, dificulta a aproximação entre mãe e filha.

Em sua luta para se reintegrar à sociedade, Júlia conhece o diplomata Cacá (Antonio Fagundes) e os dois vivem um romance atribulado ao longo de toda a história.

Ao longo da trama, ela é novamente presa, mas volta à liberdade e se casa com Ubirajara (Ary Fontoura), um homem rico e apaixonado por ela.

A grande reviravolta na história acontece quando Júlia retorna ao Brasil, após uma viagem à Europa, completamente mudada.

  • Vale Tudo (1988)

Corrupção e falta de ética foram enfocadas em Vale Tudo, que denunciava a inversão de valores no Brasil no final dos anos 1980.

Os autores centraram a discussão sobre honestidade e desonestidade no antagonismo entre mãe e filha: a íntegra Raquel Accioli (Regina Duarte) é o oposto da filha Maria de Fátima (Gloria Pires), jovem inescrupulosa e com horror à pobreza que, logo nos primeiros capítulos da novela, vende a única propriedade da família, no Paraná, e foge com o dinheiro para o Rio de Janeiro com o objetivo de se tornar modelo.

Raquel vai atrás da filha e conhece o administrador de empresas Ivan Meirelles (Antonio Fagundes), por quem se apaixona.

Para ganhar a vida, passa a vender sanduíches na praia, com a ajuda do amigo Audálio (Pedro Paulo Rangel), conhecido como Poliana.

  • Celebridade (2003)

A trama tem como eixo central a rivalidade entre duas mulheres: a bem-sucedida empresária e ex-modelo Maria Clara Diniz (Malu Mader), dona da produtora Mello Diniz, e a dissimulada e invejosa Laura Prudente da Costa (Cláudia Abreu), que se aproxima de Maria Clara dizendo ser sua maior fã e consegue um emprego em sua empresa.

Na verdade, Laura é uma arrivista que não quer apenas tomar tudo da outra, mas transformar-se em uma nova Maria Clara.

A razão do ódio de Laura pela patroa é que ela é filha da verdadeira musa da canção que fez de Maria Clara uma mulher rica e famosa, enquanto ela e a mãe amargaram uma vida miserável.

Maria Clara, porém, sempre acreditou que a música Musa de Verão fora composta por seu ex-noivo Wagner em sua homenagem.

Para realizar o plano de destruir a rival, Laura conta com a ajuda de Marcos (Márcio Garcia), seu amante e cúmplice.

Outro grande vilão da história é o ambicioso e inescrupuloso Renato Mendes (Fábio Assunção), editor da revista Fama e sobrinho de Lineu, que sonha um dia assumir a presidência do Grupo Vasconcelos.

Renato se envolve com Laura, que vê nele um aliado a mais para destruir Maria Clara.

  • Paraíso Tropical (2007)

O antagonismo entre as gêmeas Paula e Taís, vividas por Alessandra Negrini, e a sede de poder do jovem empresário Olavo (Wagner Moura) dão o tom da novela.

Paula e Taís têm personalidades opostas, e só descobrem a existência uma da outra ao longo da trama.

É quando os embates começam. A mau-caráter Taís tenta destruir a relação amorosa da irmã com o íntegro Daniel (Fábio Assunção), executivo no mesmo grupo empresarial em que trabalha Olavo.

Esse, por sua vez, faz de tudo para impedir que Daniel suceda o poderoso Antenor Cavalcanti (Tony Ramos), seu tio, na presidência da empresa.

Ardiloso, Olavo sabe da preferência de Antenor por Daniel e tenta difamar a reputação do concorrente, mostrando-se capaz de tudo, até de matar, para alcançar seu objetivo.

 

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