José de Abreu faz homenagem ao filho que morreu após queda da janela: 'me tranco para chorar'

Ator havia comentado sobre a situação durante entrevista para TV portuguesa

Escrito por Redação ,
José de Abreu e o filho
Legenda: José de Abreu revelou que a dor da perda do filho não passa
Foto: Acervo pessoal/Reprodução

O ator José de Abreu, 78, fez uma homenagem ao filho Rodrigo que partiu aos 21 anos após cair da janela de um prédio, em 1992, com a publicação de uma foto antiga em alusão ao Dia das Crianças, neste sábado (12). Na ocasião, o artista revelou ainda sentir a dor que não passa.

"Volta e meia pego seus documentos, cartas, escritos e me tranco no banheiro para chorar. Faz 33 anos. Enterrar um filho é a vida invertida", declara sobre o primogênito que teria 54 anos se estivesse vivo.

José de Abreu contou detalhes sobre a perda do filho durante entrevista ao programa Júlia, do Canal SIC de Portugal, em março de 2022. No momento em que soube da notícia, José estava em Manaus gravando a novela Amazônia, da Manchete.

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Durante o café da manhã, ele foi chamado no balcão do hotel para atender uma ligação no telefone fixo, quando o ex-sogro informou que Rodrigo tinha sofrido um acidente.

"Eu ouvi pela voz que era alguma coisa grave e, na hora, falei: 'morreu?'. E ele respondeu: 'caiu da janela'", contou na entrevista.

"De Manaus ao Rio de Janeiro naquela época eram oito horas, o avião parava no Recife, Fortaleza, Salvador... Mas um dos diretores da empresa estava lá e imediatamente me deu um remédio calmante, dormi a viagem inteira e não lembro de ter descido do avião", acrescentou.

Na época, o ator havia separado da mãe de Rodrigo há seis meses, mas considera que o jovem estava em momento bom da vida. "Foi um acidente, pensei na possibilidade de suicídio, mas não havia a menor chance", declarou.

O delegado responsável pelo caso ouviu uma camareira do prédio da frente que viu o que aconteceu.

"Ele havia deixado o carro na oficina, pediu para o motorista não sair porque ele ia voltar ao banco. (No apartamento), havia uma veneziana que emperrava e eu acho que ele em vez de ir por dentro foi por fora, ele tinha 1 metro e 90", detalha sobre a tentativa de abrir a janela.

O artista contou que recorreu ao espiritismo e à análise para conseguir lidar com a perda. "É uma dor que não acaba, é a vida invertida: o normal é você enterrar seus pais. Eu confesso que lembro do enterro e do velório muito vagamente, porque me deram muitos remédios", concluiu.

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