Fernando Pires posta mensagem enigmática após irmão ser alvo de operação da PF

O cantor escreveu, em story no Instagram, texto alertando para possível julgamento preconceituoso

Escrito por Redação ,
Os irmãos Alexandre e Fernando Pires
Legenda: Os irmãos Alexandre e Fernando Pires
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Após Alexandre Pires e o empresário do cantor, Matheus Possebon, serem alvos de operação da Polícia Federal (PF) sobre garimpo ilegal em terras Yanomami, o irmão do cantor, Fernando Pires, publicou uma mensagem enigmática em seu Instagram, nesta terça-feira (5), falando em “julgamento preconceituoso”.

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Sem citar diretamente o irmão ou o caso em questão, ele divulgou uma imagem em que aparenta estar rezando e escreveu: “A pessoa vê a capa e acha que leu o livro. Cuidado, pois o julgamento preconceituoso pode lhe privar da verdade”.

Segundo inquérito aberto pela Polícia Federal, Alexandre Pires teria sido beneficiado com R$ 1 milhão do esquema. O artista, por meio de sua equipe jurídica, negou qualquer tipo de envolvimento com o crime após ter recebido o pagamento de uma mineradora investigada pelas autoridades.

Em uma nota enviada ao Portal LeoDias, também nessa terça-feira (5), os advogados do cantor frisaram que não existe nenhum envolvimento do cantor com o crime: "Na qualidade de advogado do cantor e compositor Alexandre Pires, viemos a público, diante das notícias veiculadas pela mídia em geral, esclarecer que o cantor Alexandre Pires não tem e nunca teve qualquer envolvimento com garimpo ou extração de minério, muito menos em área indígena", inicia o comunicado.

Em seguida, o documento segue: “Destacamos que o referido cantor e compositor é uma das mais importantes referências da música brasileira, sendo possuidor de uma longa e impecável carreira artística. Alexandre Pires foi tomado de surpresa diante da recente operação da Polícia Federal que indevidamente envolveu seu nome". E conclui: "Por fim, salientamos que o cantor e compositor Alexandre Pires jamais cometeu qualquer ilícito, o que será devidamente demonstrado no decorrer das investigações, reiterando sua confiança na Justiça brasileira."

Entenda

A investigação denominada de “Operação Disco de Ouro” foi aberta depois que a Polícia Federal apreendeu, em janeiro de 2022, quase 30 toneladas de cassiterita extraída ilegalmente na sede de uma das empresas suspeitas no caso. O carregamento seria enviado ao exterior. A cassiterita é encontrada na forma de rocha bruta. Ela costuma ser vendida como um pó concentrado, obtido após o processo de mineração. Também é útil para a extração de estanho.

A Polícia Federal afirma que os investigados teriam montado um esquema para dar aparência de legalidade ao garimpo. A rocha seria extraída no território Yanomami, em Roraima, mas declarada no papel como originária do Rio Tapajós.

Ao longo do inquérito, a PF identificou uma rede de pessoas e empresas envolvidas na operacionalização das fraudes, dentre elas, Alexandre Pires e Matheus Possebon.

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