Para o restante das turmas, as aulas devem ser obrigatoriamente remotas, não devendo haver a presença de estudantes em escolas ou universidades
Mesmo com um novo lockdown na Capital a partir dessa sexta-feira (5), o Governo do Estado liberou que escolas para crianças de 0 a 3 anos continuem com aulas presenciais em Fortaleza, bem como "atividades cujo ensino remoto seja inviável".
Para o restante das turmas, as aulas devem ser obrigatoriamente remotas, não devendo haver a presença de estudantes em escolas ou universidades. Até 18 de março, somente atividades econômicas consideradas essenciais poderão funcionar.
Conforme o novo decreto estadual, publicado nesta quinta (4), as atividades de ensino autorizadas para funcionamento mesmo durante o lockdown são:
treinamento para profissionais da saúde;
aulas práticas e laboratoriais para concludentes do ensino superior, inclusive de internato;
atividades de berçário e da educação infantil para crianças de zero a 3 anos.
Diante do cenário, o coordenador da força-tarefa de retorno às aulas presenciais do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe), Henrique Soarez, diz que as medidas de segurança para prevenção da Covid-19 vão seguir sendo utilizadas nos estabelecimentos de ensino.
"O que a gente gostaria é que, a exemplo de São Paulo, as escolas pudessem continuar com todas as séries. Já foi demonstrado que é seguro. As escolas deveriam ser as últimas a fechar e as primeiras a abrir", aponta.
Em meio às novas mudanças, o Sinepe aguarda confirmação e detalhamento do decreto estadual que ainda vai ser publicado durante a tarde desta quinta-feira (4).
As medidas passaram a valer no dia 19 de fevereiro, considerando o cenário grave de segunda onda da pandemia de Covid-19 no Estado.
Lockdown em Fortaleza
A medida para conter o crescimento de casos do novo coronavírus foi anunciada por Camilo Santana em transmissão ao vivo na quarta-feira (3), ao lado do prefeito José Sarto (PDT) e do secretário de saúde, Dr. Cabeto. O endurecimento das regras de isolamento social ocorre em meio ao aumento de casos e óbitos no Estado. Somente nesta quarta-feira (3), 84 mortes foram registradas no Ceará por conta da Covid-19.
“Sabemos que não é uma decisão fácil. Sei o quanto isso afeta a economia do Estado. Nos últimos seis anos, o que eu mais lutei foi para que a economia do Estado crescesse, gerasse emprego. Mas, neste momento, a única forma que temos até vacinar a população, é fazer o isolamento social rígido”, disse Camilo.