Governo libera R$ 2,5 bi para Brasil entrar na aliança internacional por vacinas contra Covid-19
A Covax Facility é um consórcio internacional com o intuito de promover acordos multilaterais para acelerar a compra e distribuição de uma vacina contra o coronavírus
O governo federal vai liberar R$ 2,5 bilhões para que o Brasil ingresse na Covax Facility, aliança internacional por vacinas contra a Covid-19.
O presidente Jair Bolsonaro editou, na última quinta-feira (24), duas medidas provisórias para no Diário Oficial da União. A primeira trata do ingresso na aliança, enquanto a segunda libera os recursos.
"Com isso, espera-se que, por meio deste instrumento, o Brasil possa comprar o equivalente para garantir a imunização de 10% da população até o final de 2021, o que permite atender populações consideradas prioritárias", afirma nota da Secretaria-Geral da Presidência da República.
A Secretaria-Geral esclarece que a adesão à aliança permitirá o acesso ao portfólio de nove vacinas em desenvolvimento contra a Covid-19, além de outras ainda em fase de análise. O governo argumenta que, dessa forma, aumentam as chances de acesso da população à vacina em um tempo reduzido.
"Com a diversificação de possíveis fornecedores, aumentam as chances de acesso da população brasileira à vacina no menor tempo possível. Caberá à Covax Facility negociar com os fabricantes o acesso às doses das vacinas em volumes especificados, os cronogramas de entrega e os preços", afirma o texto.
A Covax Facility é um consórcio internacional que tem o intuito de promover acordos multilaterais para acelerar a compra e distribuição de uma vacina. O consórcio é coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Na semana passada, o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, informou que mais de 170 países haviam aderido à iniciativa.
A adesão à Covax Facility não impede que o governo continue negociando bilateralmente com governos e laboratórios ou iniciativas não englobadas na aliança. Atualmente, o governo federal mantém um acordo, firmado entre a Fiocruz e a AstraZeneca, para a aquisição da vacina em desenvolvimento pela Universidade de Oxford.