CoronaVac pode trazer 97% de imunidade com duas doses, afirma diretor do Butantan
Dimas Tadeu Covas, diretor do Instituto, afirmou que estudos mostram que vacina chinesa é efetiva contra o novo coronavírus
Dimas Tadeu Covas, diretor do Instituto Butantan, reafirmou em entrevista à Jovem Pan que a vacina da chinesa Sinovac Biotech, desenvolvida em parceria com o instituto paulista, apresentou imunidade acima de 97% com a segunda dose da vacina experimental para o novo coronavírus.
"Essa vacina (da Sinovac) já é aplicada em duas doses, com diferença de 14 dias, para permitir uma maior produção de anticorpos. Se precisará de uma dose anual ou não ainda devemos aguardar, mas estudos mostram que a vacina é efetiva. Com duas doses poderemos ter proteção superior a 97%, e isso é fundamental para quebrar a cadeia de transmissão do coronavírus", afirmou.
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No último dia 12, em entrevista à Globo News, o diretor já havia afirmado os resultados promissores.
O Butantan deve receber, de outubro a dezembro, 5 milhões de doses mensais da vacina da Sinovac para o novo coronavírus. A distribuição deve ser iniciada logo após, caso seja regulamentada pela Anvisa (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária), que deve dar prioridade ao antídoto.
"Estamos trabalhando intensamente para que a vacina chegue o mais rápido possível. Existem aspectos regulatórios que dependem dos testes clínicos, mas sou muito otimista, tendo a eficácia demonstrada, a nossa Anvisa dará uma prioridade (ao registro da vacina), por que essa vacina pode interferir na evolução da pandemia", completou Dimas Tadeu.
Desde julho, a vacina da Sinovac se encontra na terceira fase de testes em humanos no Brasil.