Irmã de homem vítima de acidente em aparelho de academia diz que ele 'sentiu o corpo partir ao meio'
Regilânio sofreu um traumatismo raquimedular na última sexta-feira (4) e passou por cirurgia no sábado (5), e pode receber alta em breve
A irmã de Regilânio da Silva Inácio, homem de 42 anos vítima de uma fratura na coluna em um acidente com um aparelho de academia de Juazeiro do Norte no último fim de semana, falou sobre as evoluções no quadro de saúde do irmão e contou que no dia do ocorrido ele "sentiu o corpo partir ao meio". Ele sofreu um traumatismo raquimedular na última sexta-feira (4) e passou por cirurgia no sábado (5), e pode receber alta em breve.
No dia da lesão, Maria Aparecida da Silva Inácio relata que Regilânio "pensou que fosse morrer".
"Ele lembra de tudo direitinho e diz que sentiu muita dor, ele conta que é como se alma dele tivesse saído do corpo e imaginou que tivesse morrido. Foram tantas dores que eu achei que meu corpo tivesse quebrado ao meio".
Inicialmente, a família pensou que o homem tivesse sofrido um acidente de carro, pois ele trabalha por aplicativo. O momento inicial foi de medo, segundo Aparecida, mas os parentes têm mantido o alto astral perto de Regilânio, apesar de ele sentir muitas dores, "porque ele é assim, muito brincalhão e muito animado".
"A gente agradece a Deus ele tá vivo, Ele é um milagre e acho que é por isso que ele não reclama muito. Ele sabe que tem que agradecer a Deus. O médico deu 1% para ele, mas a gente tem 99% de certeza que ele vai andar", diz Cida, referindo-se ao boletim médico pós-cirúrgico, onde foi informado que as chances de Regilânio voltarem a andar são "menores que 1%".
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Previsão de alta
O motorista de aplicativo já tem possibilidade de alta nesta quinta-feira (10) conforme a família divulgou em um perfil dedicado a postar atualizações sobre a saúde de Regilânio. Em entrevista à TV Verdes Mares nesta quarta-feira (9), a irmã conta que a família preparou até uma recepção festiva para comemorar o "milagre" que foi o irmão conseguir sentar e mover os membros superiores.
"Ele sentou, sentiu muita dor e chorou, mas é um passo de cada vez. Ele tem a sensação que vai cair para lado. 'Meu corpo é como se não tivesse mais equilíbrio', diz ele. Ontem [terça-feira] senti ele meio triste, mas todo dia eu vou lá e a gente tenta segurar as lágrimas. Foi uma segunda oportunidade", conta.
A festa para recebê-lo em casa já está em preparativos, conforme a parente: "Em nenhum momento a gente quer que ele se sinta só. E a partir de hoje ele vai precisar muito de oração e de palavras de alto astral, porque é isso que ele é".
"Tudo ele fazia sozinho. O costume era pela manhã ir visitar as galinhas que ele cria. Era uma pessoa muito ativa, ele quem resolvia tudo e era o chefe de casa, mas a gente agradece a Deus ele estar vivo. Acho que é por isso que ele não reclama muito", compartilha Aparecida.
Solidariedade e esperança
Segundo a irmã, a esperança é compartilhada em toda a família, incluindo a esposa, que atualmente luta contra um câncer de mama que teve há alguns anos e gerou complicações.
Amigos e quem se solidarizou com o caso de Regilânio também estão na corrente de vibrações positivas. Um amigo ajudou a abrir uma vaquinha para custear equipamentos e remédios necessários para o tratamento do juazeirense. O objetivo é arrecadar R$ 35 mil, e nesta quarta o valor já passa dos R$ 48 mil.
A campanha online está disponível no site Vakinha. O valor deve ajudar nas despesas da casa, bem como a comprar uma cadeira de rodas, cadeira de banho e medicamentos necessários para quando o aluno receber alta hospitalar.