Fundação Edson Queiroz lança pedra fundamental para construção de novo Complexo Cultural
Espaço com teatro, museu e salas multifuncionais começará a ser erguido no início de 2023
A pedra fundamental para a construção do Complexo Cultural Yolanda e Edson Queiroz, que será erguido no antigo Centro de Convenções, em Fortaleza, foi lançada na manhã desta quinta-feira (24) pela Fundação Edson Queiroz.
Com projeto arquitetônico do cearense Luiz Deusdará, o novo equipamento de arte, cultura e educação do Ceará terá uma estrutura moderna com museu, teatro, auditórios, restaurantes e lanchonetes.
O espaço começará a ser construído no início de 2023 em três etapas. A primeira fase, dedicada ao museu, deve durar entre dois anos e dois anos e meio. O teatro será levantado e finalizado em seguida no prazo de até quatro anos. Já as duas torres finais contemplam a terceira parte da obra e serão feitas ao longo dos sete anos de obras.
Solenidade
Integraram a mesa da cerimônia de lançamento da pedra fundamental do Complexo Cultural Yolanda e Edson Queiroz: Luiz Deusdará (arquiteto do projeto), Edson Queiroz Neto (GEQ), Manoela Queiroz Bacelar (vice-presidente da Fundação Edson Queiroz), Antônio Henrique (presidente da Câmara Municipal), Igor Queiroz Barroso (presidente do Conselho do Grupo Edson Queiroz), governador Camilo Santana, Renata Queiroz Jereissati (do Conselho Curador da Fundação Edson Queiroz), Lenise Queiroz Rocha (presidente da Fundação Edson Queiroz), prefeito José Sarto, reitora da Unifor Fátima Veras e Otávio Queiroz.
"Queremos colocar na rota turística das pessoas que amam a arte, que amam cultura e vai ser um paraíso, porque nós temos o turismo do sol. Se você acrescenta o turismo da cultura, eu acho que é uma evolução e vai nos deixar comparáveis apenas aos polos do Sul e do Sudeste", destacou Lenise Queiroz Rocha.
Para Camilo Santana, o equipamento reforça a vocação do Ceará para o turismo, além de gerar novos empregos. " Aqui será um novo espaço para trazer turistas, trazer conhecimento, informação, gerar oportunidades e movimentar a economia do nosso Estado".
O prefeito de Fortaleza, José Sarto, reforçou que o legado de Yolanda e Edson Queiroz não está apenas no campo econômico e acadêmico, mas na arte perpetuada de geração em geração. "Quero parabenizar a Lenise Queiroz, lembrando dos saudosos Edson Queiroz e Yolanda Queiroz, que deram o nome a esse grande empreendimento da arte e cultura de Fortaleza. É tradição da família, que deixa um legado para filhos e filhas cultuar o bom gosto pela arte".
Contrapartida
A assinatura do documento de devolução do terreno de 14 mil m² do antigo Centro de Convenções por parte do Governo do Estado à Fundação Edson Queiroz ocorreu no dia 7 de junho de 2019. Antes disso, o trâmite já constava no Diário Oficial do Estado (DOE) através da Lei nº 16.900, de 28 de maio daquele ano.
O governador Camilo Santana chegou a mencionar à época que o Complexo Cultural Yolanda e Edson Queiroz trará "retorno imensurável em diversos aspectos, desde o incremento do turismo à elevação do status do Ceará como um polo artístico e cultural nordestino".
Além de museu, teatro, auditório, salas multifuncionais e espaço de convivência, o espaço acolherá a coleção de obras de arte da Fundação Edson Queiroz e receberá exposições nacionais e internacionais que atualmente acontecem no Espaço Cultural Unifor.
Linha do tempo
Em 1973, quando o Ceará ainda não possuía um espaço para abrigar eventos de grande porte, o chanceler Edson Queiroz resolveu doar o terreno ao governo estadual, mediante convênio e por prazo indeterminado, para a construção do Centro de Convenções, aberto em 1974.
Com a inauguração do Centro de Eventos, em 2012, o antigo equipamento foi desativado. No ano seguinte, a Fundação Edson Queiroz e o Governo do Estado iniciaram negociações para a devolução do terreno.
Em junho de 2014, foi formalizado um protocolo de intenções estabelecendo que o Governo ficaria com a propriedade definitiva de parte do terreno e devolveria à Fundação Edson Queiroz uma área de 9.775 m². O protocolo regularizou ainda a doação de cerca de 3 mil metros quadrados para o alargamento da Avenida Washington Soares.
Já em dezembro de 2018, o Governo do Estado e a Fundação estabeleceram novas tratativas para a devolução dos 14 mil metros quadrados. Em 28 de maio do mesmo ano, o Governo publicou a lei nº 16.900, com os termos da decisão, como a construção do complexo cultural.