Fortaleza registra redução de acidentes e mortes no trânsito
O resultado histórico confirma a eficácia de políticas públicas de mobilidade implementadas nos últimos anos
Fortaleza caminha para o oitavo ano consecutivo com redução de mortes no trânsito. Em 2021, a capital cearense registrou 184 mortes nas vias da cidade, com taxa de mortalidade de 6,8 para cada 100 mil habitantes. O número é 51,7% menor em relação ao do ano de 2011, no qual ocorreram 381 mortes.
De janeiro a agosto de 2022, a cidade contabilizou 95 mortes por acidentes de trânsito. É a primeira vez, em 21 anos, que esse número fica abaixo de 100. Se comparado às 255 mortes registradas no trânsito de Fortaleza em 2001, quando teve início a série histórica, o número é inferior a 62,5%. Já em relação ao mesmo período do ano passado, a redução foi de 26,4%.
“A Prefeitura, por meio da AMC, vem cumprindo muito bem o plano nacional de mobilidade urbana, priorizando o transporte coletivo e o não motorizado. Além disso, a criação do plano municipal de segurança no trânsito, sancionado em junho pela atual gestão municipal, dará continuidade às mudanças na mobilidade urbana da cidade”, destaca Antônio Ferreira Silva, superintendente da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania de Fortaleza (AMC)".
Antônio Ferreira salienta, entre as iniciativas da Prefeitura de Fortaleza, as políticas públicas que se refletem na redução de mortes no trânsito, como a readequação de velocidade, a expansão da infraestrutura cicloviária, as áreas de trânsito calmo e as travessias elevadas. Ele enfatiza também o apoio da população na implementação dessas medidas.
Ciclistas mais seguros
A rede cicloviária de Fortaleza está em constante ampliação. Atualmente, já são 416,4 km de ciclofaixas, ciclovias, ciclorrotas ou passeios compartilhados distribuídos por todas as regionais da cidade. Isso representa um aumento de 507% comparado ao ano de 2012, quando se contabilizava apenas 68,6 km de rede cicloviária.
Desde 2020, foram implantados cerca de 70 km de infraestrutura exclusiva para garantir o deslocamento seguro dos ciclistas. A meta é alcançar 500 quilômetros até o final de 2024.
À medida que a malha cicloviária é ampliada e o volume de ciclistas cresce, os óbitos envolvendo usuários de bicicleta diminuem significativamente. Na década de 2000, em média 56 ciclistas perderam a vida no trânsito da cidade. Entre 2020 e 2021, esses números chegaram a 14 e 15 mortes, respectivamente, o que representa uma redução de 73% no número de óbitos.
Nos últimos 10 anos, por exemplo, o quantitativo de ciclistas mortos caiu 61,5%. Foram 39 em 2011 e 15 em 2021. “A partir de campanhas, ações de conscientização e um novo desenho urbano priorizando quem anda a pé, de bicicleta e faz uso do transporte coletivo, a população foi absorvendo e mudando o comportamento no trânsito. As pessoas começaram a entender que os espaços viários precisam ser divididos, mas sempre priorizando os mais vulneráveis.”, afirma o superintendente da AMC.
Nos últimos cinco anos, o número de ciclistas feridos foi de, em média, 687. Isso representa uma redução de 42% na comparação com a média de ciclistas feridos de 2007 a 2011, que foi de 1.187. “Nosso foco é zero mortes no trânsito”, complementa Antônio Ferreira.
Fiscalização
A fiscalização da AMC acontece por meio presencial, com agentes nas vias, fiscalização eletrônica e videomonitoramento. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), é proibido transitar, estacionar e parar em ciclofaixas e ciclovias. Esse último enquadramento, que enfatiza o ato de parar, é recente e está previsto na Lei 14071/20, que entrou em vigor em abril de 2021.
“Como ciclistas e pedestres são usuários mais vulneráveis a acidentes com severidade, as ferramentas de fiscalização que utilizamos têm priorizado a segurança dessas pessoas usando o modal ativo. Dessa forma, há um olhar atento para garantir um ir e vir seguro a quem é mais frágil no trânsito”, conclui Antônio Ferreira.
Serviço
Mais informações: 156
Site e App: amctransito.com.br
Prefeitura: www.fortaleze.ce.gov.br