Fortaleza é a cidade que mais fala palavrões no Brasil, indica pesquisa
O levantamento foi realizado com 1.639 brasileiros no fim do ano passado
Fortaleza está no topo do ranking de cidades brasileiras onde os habitantes falam mais palavrões. É o que aponta a pesquisa da Preply, uma plataforma de e-learning, que divulgou os locais mais "desbocados" do País. A Capital cearense divide o topo com Rio de Janeiro e Brasília.
O levantamento repassado ao Diário do Nordeste nesta quinta-feira (2) foi realizado com 1.639 brasileiros, residentes em 15 municípios do Brasil, por meio da plataforma Censuwide, uma consultoria global de pesquisas, entre 2 e 7 de novembro de 2022.
Os fortalezenses, os cariocas da "gema" e o candangos de Brasília falam, em média, oito palavrões por dia. Chegou-se a esse resultado após os participantes revelarem em que situações costumam falar mais palavrões e quantas vezes.
Veja o ranking das cidades mais "desbocadas"
No geral, os brasileiros proferem cerca de seis palavras de baixo calão por dia. A cidade onde se fala menos palavrão é São Luís, conforme a pesquisa (1 diariamente).
>>> Confira aqui a pesquisa completa
Perfil
A pesquisa da Preply descobriu que os homens são os que xingam com mais frequência, sendo um total de 8,48 vezes por dia. Em contrapartida, mulheres xingam 5,35 vezes.
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Brasileiros entre 16 e 24 anos (8,9 vezes ao dia) falam quase o dobro de palavrões do que os acima de 55 anos (4,74 vezes ao dia).
A maioria dos entrevistados assumiu que fala palavrões para si mesmos. Foi levantado também que 56,99% da população se incomoda com a "linguagem vulgar" quando vem de outras pessoas.
Onde mais se usam palavrões?
Os pesquisadores questionaram aos participantes onde eles mais costumam xingar, ou em que tipo de situação o "palavreado" aparece.
O ambiente onde o brasileiro é mais propenso a xingar é em casa. 47,83% preferem seus lares a outros lugares e situações.
As discussões de trânsito fazem 16,55% dos pesquisadores xingarem enquanto dirigem. Durante o trabalho, 9,53% contaram que xingam.
O estudo mostrou que há "hora e lugar para dizer palavrão". 78,10% informaram que evitam xingar na frente de crianças, 76,88% na presença de chefes do trabalho e 76,57% não xingam na mesa de jantar.
A proximidade com pessoas idosas (70,10%) também inibe as pessoas nessas situações. 60,89% dos pesquisadores prefere não usar palavras de baixo calão com desconhecidos.
"Gostando ou não, entretanto, todos parecem reconhecer que as palavras de baixo calão ocupam um lugar importante na comunicação dos brasileiros, ao lado de nossas gírias e bordões", concluiu a pesquisa.