Empresas cearenses de diversos setores se destacam em nível nacional
Segmentos como alimentício, de saúde, de energia e indústria de transformação são destaque no Ceará
Estado líder no Nordeste no volume investimento de empresas na Bolsa de Valores, o Ceará conta com negócios de diferentes segmentos que operam em nível nacional. Segundo Ricardo Coimbra, conselheiro do Conselho Regional de Economia Ceará (Corecon-Ce), a diversidade de setores de atuação é uma das características do estado, em segmentos como saúde, energia renovável, telecomunicações e alimentício.
O conselheiro exemplifica o fortalecimento do estado frente ao Brasil com o fato das empresas locais estarem expandindo sua atuação com a aquisição de outros players do mercado, como a Pague Menos, que no último mês de agosto adquiriu a Extrafarma, o que tornou a cearense a 2ª maior rede de farmácias do Brasil. O valor total da transação foi de R$ 737,75 milhões.
Outro exemplo, dessa vez no campo da saúde, foi a fusão do Hapvida com a Notredame Intermédica. “Tem a parte de alimentos, com a M. Dias Braco, que comprou também diversas operações. Não podemos esquecer da área educacional, em que a Arco Educacional, do Sistema Ari de Sá, tem ações negociadas na NASDAQ. São diversos players do mercado se fortalecendo e gerando um crescimento contínuo da economia do estado do Ceará”, pontua o conselheiro.
No campo da indústria, o setor foi o que obteve maior alta no Produto Interno Bruto (PIB) no Ceará em 2021, em comparação com 2020. Segundo dados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) divulgados no início deste ano, o crescimento foi de 13,35% comparado ao ano anterior.
“A indústria cearense de transformação tem uma participação, sim, no que se refere a uma composição na indústria nacional, como no segmento de preparação e fabricação de couro e artefatos de couro, artigos para viagem e calçados, que representa algo em torno de 17%”, destaca Ricardo Coimbra.
O setor alimentício também se destaca em nível nacional, com empresas como a M. Dias Branco, que em 2021 foi considerada a maior indústria de alimentos da região Nordeste, além de ser líder nacional em massas e biscoitos, e a J. Macêdo, detentora da marca de farinha de trigo Dona Benta.
Potencial do hidrogênio verde
Na última quarta-feira, 26, o Governo do Estado assinou dois memorandos de entendimento sobre a produção de hidrogênio verde e energia eólica no Ceará. Ao todo, o estado conta com 24 documentos que atestam o desejo do mercado e poder público de fazer do Ceará um destaque nacional no campo da energia limpa.
Com a crise energética na Europa, o investimento cearense em produzir energia por meio de diferentes modalidades, como eólica, solar, offshore e o próprio hidrogênio verde, se posiciona como uma oportunidade para exportar a energia para o mercado europeu.
"À medida que você vai crescendo e se fortalecendo, você gera a potencialidade de atração de outros setores de atividade a estes que já estão se fortalecendo. Você gera a potencialidade de criar um complexo de geração de energia, um complexo metal-mecânico, um complexo químico. É uma tendência de crescimento dos diversos setores do setor industrial”, comenta Ricardo Coimbra.
Projeto destaca oportunidades do estado
Desenvolvido pelo Sistema Verdes Mares, o projeto “Do Ceará para o Brasil” destaca os grandes negócios do estado, mostrando cases de sucesso, diferenciais, conquistas recentes e perspectivas para o futuro.