Camocim instalará nova réplica de avião em homenagem ao centenário do voo do aviador Pinto Martins
A aeronave "Sampaio Correia II" substituirá o modelo no Centro da cidade
No centenário da travessia aérea Nova Iorque - Rio de Janeiro, feita por Euclides Pinto Martins, nascido em Camocim, a Prefeitura da cidade realiza ações para homenagear o aviador. A gestão prevê a restauração e a transferência para outro ponto da avião Pinto Martins, doada pela Força Aérea Brasil (FAB) ao município, e a colocação da aeronave Sampaio Correia II no centro da cidade.
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As reformas têm entrega prevista para 1º de julho de 2023. Foi definido que o avião Pinto Martins, utilizado durante a Segunda Guerra Mundial, não representava o aviador camocinense. Por essa razão, o transporte será colocado próximo ao Aeroporto Regional Pinto Martins.
Um avião intitulado Sampaio Correia II será colocado na Praça Pinto Martins, no Centro da cidade. As instalações já foram autorizadas pela Secretaria de Obras Públicas do Ceará. A Força Aérea Brasileira foi procurada pelo Diário do Nordeste para saber se há alguma relação com equipamentos doados e aguarda resposta.
Aeronave Sampaio Correia II
Sugerido por Pinto Martins, Sampaio Correia I e II foi o nome dado as duas aeronaves utilizadas no primeiro voo que interligou as Américas do Sul e do Norte. Os voos ocorreram entre 4 de setembro de 1922 e 8 de fevereiro de 1923.
Walter Hinton e Pinto Martins eram responsáveis pelo voo, sendo pilo e copiloto, respectivamente. Sampaio Correia II foi o avião que chegou ao Rio de Janeiro. O nome das aeronaves foi uma homenagem ao então senador José Matoso de Sampaio Correia.
Quem foi Pinto Martins
Nascido em 15 de abril de 1892, Pinto Martins foi aviador e explorador de petróleo do Brasil. Foi responsável por percorrer 5678 quilômetros do trajeto Nova Iorque - Rio de Janeiro com cem horas de voos. Ainda em 1922, ao jornal "O Estado Pará", Euclides descreveu as adversidades que enfrentara no voo.
"Quando levantamos vôo de Caiena encontramos forte temporal pela proa. Rompemos o mau tempo com dificuldade, mas tivemos de procurar abrigo. Tomei a direção do aparelho (ele era co-piloto) e depois de reconhecer o rio Cunani aí descemos às 3:30 horas. O tempo, lá fora, era impetuoso e ameaçador. Não nos foi possível prosseguir e passamos a noite matando mosquitos e com bastante fome, pois não contávamos interromper a rota", descreveu.