Exposição do Mauc reflete sobre Inquisição e intolerância

A realização é do Grupo de Pesquisa Diáspora Atlântica dos Sefarditas (GPDAS), ligado ao Departamento de História da Universidade Federal de Sergipe.

Escrito por Redação ,
Legenda: Exposição reúne acervo de mais de 2 mil títulos sobre a Inquisição portuguesa
Foto: Divulgação

O Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (MAUC) abre, nesta segunda-feira (17), a exposição “Ler a Inquisição em tempos de intolerância”, em que reflete o período da Inquisição portuguesa e os cristãos-novos. 

Com curadoria do jornalista e historiador Nilton Melo Almeida, a mostra foi pensada em torno do acervo de dois mil títulos sobre os temas Inquisição, judeus, cristãos-novos e intolerância.  

A realização é do Grupo de Pesquisa Diáspora Atlântica dos Sefarditas (GPDAS), ligado ao Departamento de História da Universidade Federal de Sergipe.

Apoiam a iniciativa o CHAM Centro de Humanidades, vinculado à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da (FCSH) da Universidade Nova de Lisboa e à Universidade dos Açores, a Associação Cearense de Imprensa (ACI) e o MAUC.

Legenda: Mostra resgata perseguição religiosa sofrida por grupos de minoria
Foto: Divulgação

Para estudantes e pesquisadores

A mostra é voltada para estudantes e professores universitários e do Ensino Médio, pesquisadores, nomeadamente os dos campos da História, Filosofia, Sociologia, Antropologia e Etnografia, bem como ao público em geral.

Para Nilton Almeida, idealizador do projeto e curador da exposição, “na essência da mostra, emerge a lição de Hannah Arendt, para quem ‘compreender significa encarar a realidade, espontânea e atentamente, e resistir a ela – qualquer que seja, venha a ser ou possa ter sido’”. 

Nesse sentido, explica, “pensamos em construir um espaço de reflexão sobre a intolerância religiosa, sobre o racismo, sobre o preconceito e sobre o antissemitismo, como mentalidades sustentadoras de estruturas de poder (civil e religioso) que excluíram minorias, sejam étnicas, sejam religiosas”.

Legenda: Visitação está disponível a partir do dia 17 de outubro
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Inquisição portuguesa 

Implantada em 1536 em Portugual inicialmente para punir cristãos-novos (judeus que haviam sido batizados à força por ordem de dom Manuel I ou seus descendentes), a Inquisição foi ampliada e passou a perseguir, além das “heresias” das “raças de sangue infecto” (judeus, mouros, negros e índios), outros tipos de pecados, como a bigamia, feitiçaria, sodomia e solicitação.

O acervo permite conhecer os principais autores das matérias em Portugal e no Brasil, contemplando dissertações, teses, romances, biografias, estudos, interpretações e catálogos. 

Serviço 

De 17 de outubro a 12 de novembro de 2022, no Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (MAUC) (Avenida da Universidade, 2854, bairro Benfica). Visitação de segunda a sexta-feira, de 8h às 12h, e de 13h às 17h. Entrada gratuita. Mais informações (85) 3366.7481