Conheça os benefícios da romã, além da superstição
Com nutrientes da semente à casca, a romã possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias
Dizem que algumas sementinhas de romã colocadas na carteira na “virada” do ano podem trazer sorte, saúde, amor, paz e dinheiro neste novo período que está prestes a começar. Se a simpatia funciona ou não, os supersticiosos poderão confirmar no decorrer do ano, entretanto é comprovado, para além do místico, que a fruta por completo possui efeitos benéficos ao corpo.
Segundo a nutricionista Karine Holanda, a romã (Punica granatum) é rica em polifenóis e tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. “Seus efeitos mais estudados relacionam-se à melhora de inflamações intestinais, artrite reumatoide (AR), distúrbios metabólicos (diabetes, dislipidemia e obesidade) e problemas cardiovasculares”.
A iguaria pode ser consumida na forma de chá (da casca) ou suco. As sementes podem ser adicionadas como toppings em iogurtes, shakes, saladas de frutas ou de vegetais.
De acordo com Karine, para quem pratica atividade física, o suco da fruta ainda melhora as respostas cardiovasculares durante o exercício, além de ajudar o desempenho de resistência, força e recuperação pós-atividade física.
Já a nutricionista Ehrika Almeida ressalta que o suco pode ser usado contra úlceras na boca, alivia dores de ouvido e trata disenteria. Repleta de carboidratos, gordura (semente) e fibras, os nutrientes da romã também pode m ser extraídos das flores. “Elas são indicadas para tratamento da gengiva, prevenindo a perda dentária. Possuem atividade adstringente e servem para o tratamento de diabetes mellitus. Os brotos das flores, secos e pulverizados, são usados para aliviar a bronquite”, afirma Ehrika.
Encontrados nos supermercados, esses frutos esféricos são provenientes da romãzeira, um arbusto que alcança até sete metros de altura. As muitas sementes em formas angulosas, que remetem à prosperidade para alguns, são envolvidas em polpa rosa ou avermelhada, de doce ligeiramente ácido. Segundo Ehrika, a fruta é originária de toda costa do Mediterrâneo e Ásia ocidental e oriental, mas se adaptou bem ao Brasil.
Consumo
A romã pode ser consumida diariamente. A nutricionista Karine Holanda orienta a ingestão com o rodízio de outras frutas. “Duas colheres de sopa das sementes ao dia já oferecem benefícios ou mesmo uma xícara de chá ou de suco”, afirma Karine.
Além disso, não existe horário adequado para usufruir dos benefícios do alimento, mas devido ao seu potencial, ele pode ser consumido como parte de uma estratégia antioxidante ao acordar ou antes de dormir. “A romã também pode ser incluída em preparações como saladas e molhos no almoço”.
Na hora da compra, Karine chama atenção para alguns cuidados e adverte: “escolha as mais avermelhadas, pois estarão bem maduras”. Em relação ao armazenamento, a fruta deve ser mantida em local fresco, ao abrigo da luz ou na geladeira. Seu consumo deve ser realizado dentro de uma semana.