Além do agronegócio, Expoece uniu o interior na Capital com shows e expressões culturais

Destaque na programação do evento, a música foi um atrativo para o público com apresentações nacionais e regionais

Escrito por Antonio Laudenir , laudenir.oliveira@svm.com.br
Edição da Expoece realizada em 2017
Legenda: Edição da Expoece realizada em 2017
Foto: Thago Gadelha

Festa de caráter popular, a Expoece notabilizou-se como um ponto de encontro dos cearenses. Com mais de 50 anos de existência, o evento é reconhecido como um dos principais espaços do segmento agropecuário do Estado. 

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No entanto, além de feira voltada a profissionais e investidores deste setor, a Expoece se destacou por trazer uma parte do interior para capital. Unindo conterrâneos na cidade anualmente, o Parque de Exposições Governador Cesar Cals divulgou os fazeres da culinária, artesanato e costumes do Sertão.  

E muito forró aqueceu as noites dos visitantes. Os tradicionais shows, logo na entrada pela Avenida Sargento Hermínio reuniram multidões. Na sua memória, qual atração ou festa realizada naquele espaço marcou para sempre sua história? 

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Atrações nacionais e regionais marcaram presença e consolidaram o Parque na agenda cultural. Do Pé de Serra ao eletrônico, o forrozão era a principal sinfonia da programação. Entretanto, artistas de outros estilos musicais também passaram por ali.  Teve atrações do Gospel ao Calypso. 

Atualmente, conforme reportagem do Diário do Nordeste, o equipamento público que sedia a Expoece está à venda. Com área equivalente a sete Areninhas, o local não sedia eventos oficiais desde março de 2020. A julgar pela popularidade da feira, deve gente por aí com saudade.

Encontro dos costumes 

Ao longo de sua trajetória, o espaço propiciou outras importantes atividades, caso da “Feira dos Municípios”. Ultimamente, o Parque também recebia a Feira Cearense da Agricultura Familiar (Feceaf). Dessas, a Expoece é mais antiga. 

Exposição do ano de 1986
Legenda: Exposição do ano de 1986
Foto: Cid Barbosa

Se o visitante procurava algo além da exposição e competição de animais, as áreas de lazer reuniam nomes de humor, fazendinha, bancas de artesanato, bares e quiosques com comidas típicas. Uma celebração dos costumes do interior.

Reportagem de 2006 descreve o cenário da festa. “Os bordados de Paramoti, as plantas de Aquiraz, os remédios naturais de Itaitinga e a criação de tilápias de Jabuaribara”.  

No ritmo 

Os shows escreveram um capítulo à parte no quesito entretenimento. Com edições que chegaram a reunir 200 mil pessoas (público total registrado em 1988), a música evidenciou a força da Expoece em atrair o público.  

Imagens da edição 2018:

Grupos como Forró Real, Garota Safada, Forró do Muído, Forró Styllo, Desejo de Menina, Bonde do Brasil, Forró dos Plays, Forró do Bom, Boca a Boca, Zabumbada agitaram o público. Em 2009, a Expoece ferveu no encontro de Banda Calypso e Aviões do Forró. 

Artesanato e comércio local integram a feira
Legenda: Artesanato e comércio local integram a feira
Foto: Kid Júnior

Paulo Ney, Clementino Moura, Chico Justino, entre outros nomes consagrados mostraram seu som. Nem só do puxa o fole a Expoece se fez escutar. Em 2015, o festival agropecuário recebeu a cantora gospel Aline Barros, sucesso nacional com músicas sobre amor, paz, louvor e família.  

Neste mesmo ano, também estiveram blocos de Carnaval e Maracatus como Vozes da África e Às de Ouro. Mas, a Expoece manteve a herança naquele 2015. "Serão 300 horas de forró", chegou a anunciar o então coordenador comercial do evento. 

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