Patos e capivaras azuis: o que se sabe sobre o acidente que mudou cor de rio e de animais em SP

Acidente com caminhão carregando cerca de 2 mil litros de corante azul ocasionou alteração da coloração

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 13:32)
Rio e animais silvestres ficaram azuis após acidente envolvendo carga de corante
Legenda: Rio e animais silvestres ficaram azuis após acidente envolvendo carga de corante
Foto: Reprodução

Um acidente envolvendo uma carreta que transportava corante mudou a coloração de parte do Rio Jundiaí, no Córrego das Tulipas, em São Paulo, deixando patos, gansos e capivaras azuis e matando peixes na região. O caso foi registrado na última terça-feira (13), conforme noticiado pelo g1.

Informações preliminares dão conta que o caminhão tinha uma carga de cerca de 2 mil litros de corante azul para tingir embalagens. O veículo teria atingido um poste em um momento que o motorista não estava no interior da carreta.

Após o acidente, o corante logo se espalhou pela pista e pelo Rio Jundiaí, tingindo de azul os animais silvestres que tiveram contato com a água do córrego do Parque Botânico Tulipas. Conforme relatos dos moradores da região, até mesmo capivaras chegaram a ser flagradas com a coloração azulada.

Ainda segundo o g1, o caminhão envolvido no acidente é da empresa Farkon Indústria e Comércio Químico, fabricante e transportadora do corante. No entanto, a companhia ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. 

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IMPACTOS E MEDIDAS

A limpeza e a desintoxicação de quatro patos e gansos resgatados estão sendo feitas por equipes da ONG Associação Mata Ciliar, que atua em ações para a conservação da biodiversidade na região. Até a última atualização, as equipes ainda buscavam resgatar as capivaras atingidas. 

A entidade explicou que o trabalho com os patos e gansos envolve banhos com água morna, detergente neutro e álcool para remover o corante, administração de carvão ativado para reduzir a toxicidade, além do monitoramento contínuo da saúde dos animais.

Segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), o impacto ambiental é considerado “grande”, mas os trabalhos de contenção da substância realizados pela autarquia devem amenizar os prejuízos para o meio ambiente. 

"Ações emergenciais foram adotadas para limpeza e contenção do produto, que chegou à via pública. O impacto do corante no córrego alterou as características da água, como a sua cor, e foi observada a mortandade de peixes", informou a Cetesb.

O caso está sob investigação do 1° Distrito Policial de Jundiaí, onde a ocorrência foi registrada como "causar poluição de qualquer natureza". Além disso, o Ministério Público de São Paulo abriu inquérito para apurar as responsabilidades do episódio.

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