O que se sabe sobre operação da PF contra o desvio de R$ 813 milhões em Pix

Esquema envolvia fraudes eletrônicas e o uso de cripto ativos.

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 09:28)
Armas e dinheiro foram apreendidos policiais federais
Legenda: Armas e dinheiro foram apreendidos policiais federais
Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal deflagrou, na manhã dessa quinta-feira (30), a segunda fase da Operação Magna Fraus para desarticular um grupo criminoso especializado em fraudes bancárias e lavagem de dinheiro. As investigações apontam que os criminosos teriam desviado mais de R$ 813 milhões de contas usadas por bancos e instituições de pagamento responsáveis por gerenciar transferências Pix de clientes. 

A ação foi conduzida pela PF com o apoio do Cyber Gaeco, grupo especial do Ministério Público de São Paulo (MPSP).

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O esquema envolvia fraudes eletrônicas complexas e o uso de cripto ativos para ocultar e dissimular a origem do dinheiro ilícito, dificultando o rastreamento das operações.

Onde a operação foi realizada

Foram cumpridos 42 mandados de busca e apreensão e 26 de prisão — sendo 19 preventivas e 7 temporárias — em diversas cidades do País, incluindo:

  • Goiânia (GO)
  • Brasília (DF)
  • Itajaí (SC) e Balneário Camboriú (SC)
  • São Paulo (SP) e Praia Grande (SP)
  • Belo Horizonte (MG), Betim (MG) e Uberlândia (MG)
  • João Pessoa (PB)
  • Camaçari (BA)

Além disso, parte dos investigados está no exterior. Prisões internacionais são executadas simultaneamente, com o apoio da Interpol — por meio de seus escritórios no Brasil, Espanha, Argentina e Portugal — e da Brigada Central de Fraudes Informáticos da Polícia Nacional da Espanha.

Bloqueio de bens e valores

O Poder Judiciário determinou o bloqueio de até R$ 640 milhões em bens e valores ligados aos investigados.

O objetivo é impedir que os recursos obtidos com as fraudes sejam movimentados ou ocultados durante o andamento das investigações.

O que já foi apreendido

Segundo o Ministério Público do Estado de São Paulo (MJSP), nesta segunda fase foram apreendidos cerca de R$ 1 milhão em cripto ativos, além de veículos de luxo e joias.

Na primeira fase da operação, as autoridades já haviam conseguido localizar uma chave privada de acesso a criptomoedas, transferindo os valores para a custódia do MP.

Cerca de R$ 12 milhões foram alienados e depositados em conta judicial vinculada à 1ª Vara Criminal Especializada em Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores de São Paulo.

Quais crimes são investigados

Os suspeitos são investigados pelos crimes de:

  • Organização criminosa
  • Invasão de dispositivo informático
  • Furto mediante fraude eletrônica
  • Lavagem de dinheiro

Próximos passos

Com a deflagração desta segunda fase, as autoridades buscam identificar novos integrantes da quadrilha, rastrear o fluxo financeiro das operações e recuperar valores desviados.

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