Empresário morto no Autódromo de Interlagos pode ter sofrido mata-leão de segurança; entenda

Adalberto Amarilio Junior, que havia desaparecido no dia 30 de maio após se despedir de um amigo, enviou uma mensagem à esposa informando que voltaria para casa para jantar

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Redação producaodiario@svm.com.br
Montagem de duas fotos: a da esquerda é a imagem de Adalberto Junior, empresário encontrado morto no Autódromo de Interlagos, em cima de uma moto de competição, sorridente; à direta, uma foto do momento em que o corpo do homem é retirado de um buraco de obras no Autódromo.
Legenda: Adalberto Junior foi visto pela última vez indo em direção ao estacionamento onde seu carro estava. O corpo do homem foi encontrado em uma obra no autódromo, sem calças e tênis.
Foto: Reprodução

A Polícia Civil de São Paulo segue com as investigações sobre a morte do empresário Adalberto Amarilio Junior, encontrado morto em um buraco de três metros no Autódromo de Interlagos. As circunstâncias em torno da morte levantam algumas hipóteses, incluindo a possibilidade de um confronto com um segurança ou a aplicação de um golpe conhecido como "boa noite, Cinderela".

Adalberto, que havia desaparecido no dia 30 de maio após se despedir de um amigo em um evento de motos, enviou uma mensagem à esposa informando que voltaria para casa para jantar. O empresário foi visto pela última vez indo em direção ao estacionamento onde o próprio carro estava. O corpo do homem foi encontrado em uma obra no autódromo, sem calças e tênis.

Investigações sobre a morte do empresário

De acordo com a apuração da TV Globo, a investigação levantou algumas hipóteses. A primeira delas seria de um confronto entre Adalberto e um segurança local do evento, que teria sido seguido por um mata-leão que pode ter matado o empresário. O motivo desse confronto ainda não foi levantado. A hipótese surge após ter sido encontrado sangue em quatro pontos do carro da vítima.

Outra possibilidade é que o empresário tenha sido dopado antes de ser colocado no buraco onde o corpo foi encontrado. Os exames realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) indicaram que a causa da morte foi compressão torácica, sugerindo que ele pode ter falecido por asfixia devido à falta de ar circulando no buraco. Os laudos também não mostraram fraturas ou sinais de trauma no corpo. 

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Questões sem resposta

A Polícia também investiga o desaparecimento da câmera do capacete que Adalberto usava, que poderia conter gravações relevantes para o caso. A vítima foi encontrada com pertences, como carteira e celular, o que descartou a hipótese de latrocínio.

O estado do corpo também levantou dúvidas nos investigadores. Adalberto foi encontrado com capacete na cabeça e mãos atadas para cima. Além do capacete, estava somente com uma jaqueta e a cueca

Câmeras de segurança do autódromo capturaram a chegada do empresário ao evento de motos, por volta das 12h30 do dia 30. Ele estava vestido com um boné, uma camiseta preta, calça jeans e tênis. 

No entanto, não há registros disponíveis sobre o momento em que ele foi ao estacionamento buscar seu carro para ir embora, o que teria ocorrido após as 19h48 — o horário da última mensagem enviada por Adalberto à sua esposa, que respondeu às 21h12. Essa mensagem não foi entregue, sugerindo que o celular dele já estava desligado.

De acordo com o depoimento de Rafael Aliste, amigo de Adalberto que esteve com ele durante o evento, o empresário havia consumido cerveja e maconha antes de se despedir, o que o deixou "mais agitado do que o normal". 

Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios da Polícia Civil de São Paulo, declarou ser provável que o empresário tenha sido colocado no buraco desacordado e ainda com vida. 

As investigações continuam longe de serem concluídas, e algumas perguntas permanecem sem resposta:

  • De quem é o sangue encontrado no carro?
  • Onde estão as calças e os tênis que Adalberto usava no evento?
  • Se ele foi colocado no buraco ainda com vida, o que exatamente aconteceu após sua despedida do amigo?
  • Qual teria sido a motivação do crime?
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